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23 de novembro de 2015
Zika vírus pelo sexo? Pesquisador foi infectado na África e teria transmitido para a mulher, na volta aos EUA

Embora rara, a transmissão do zika vírus, suspeito número um da epidemia de microcefalia no Nordeste, também poderia ocorrer por via sexual. Há pelo menos um relato de um cientista americano que teria se contaminado com o vírus durante pesquisas sobre malária na África e, possivelmente, infectado sua mulher pelo sexo.

O pesquisador Bryan Foy, da Universidade Estadual do Colorado, esteve em trabalho de campo nas florestas do Senegal, em 2008, quando foi picado diversas vezes por mosquitos. Cinco dias depois de voltar para casa, apresentou febre, dores no corpo, fadiga e manchas, o que foi atribuído à dengue. No entanto, dez dias depois, sua mulher, que não havia viajado, desenvolveu os mesmos sintomas. Testes revelaram que eles haviam sido infectados pelo zika.

O fato de não haver o mosquito transmissor do zika no Colorado nem tempo hábil para o ciclo completo do vírus no inseto, a coincidência do início da manifestação dos sintomas na mulher com o período de incubação do zika (cerca de dez dias), o fato de o casal ter feito sexo logo após a chegada do pesquisador da África e de nenhum dos quatro filhos ter se contaminado (pensando em uma eventual transmissão por fluidos orais) fizeram o cientista suspeitar de transmissão sexual. O trabalho foi publicado no periódico “Emerging Infectious Diseases” , em maio de 2011 e divulgado pelo "Daily Mail " e pela revista "Science".

O vírus foi identificado pela primeira vez em um macaco Rhesus na Floresta de Zika, em Uganda, em 1947. Em 1993, pesquisadores do Instituto Pasteur reportaram sua ocorrência no Senegal (onde o cientista se infectou). Só 14 casos haviam sido descritos até 2007, quando um surto que atingiu até 73% da população foi identificado na ilha de Yap, na Micronésia.

O sexo deve ter tido um papel pequeno nos casos em Yap, mas o fato de a maior parte dos infectados ter entre 30 e 59 anos (população sexualmente ativa) e da incidência nas mulheres ter sido 50% maior do que em homens (sexo vaginal traz risco mais elevado para as mulheres em doenças transmitidas pelo sexo) sugerem uma possível participação da transmissão sexual, de acordo com próprio Foy, em seu artigo.
 

Secretaria de saúde
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