05 de abril de 2016
Teste brasileiro detecta o zika vírus no sêmen de pacientes
Com o resultado é possível prevenir a infecção da mãe e, em alguns casos, do bebê.
Um novo teste já está sendo usado por especialistas brasileiros para detectar o zika vírus no sêmen de pacientes, foi desenvolvido com tecnologia nacional e vem de encontro a uma nova resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada no final do mês passado, março, determinando que todas as pessoas que serão submetidas ao procedimento de doação de óvulos ou sêmen sejam testadas para o vírus.
“O exame PCR só detecta o vírus no sangue por até cinco dias depois da contaminação. Mas, no sêmen, o zika vírus permanece por até 60 dias e, com esse novo exame, conseguimos detectá-lo por todo o período. Esse teste é novidade com relação ao zika, mas já é obrigatório fazer, por exemplo, em indivíduos que têm hepatite e que também poderiam transmitir tal vírus por meio do sêmen”, explica o geneticista Ciro Martinhago, diretor da clínica Chromosome Medicina Genômica e um dos primeiros especialistas do país a aplicar o teste. No caso do zika, é indicado que o casal espere até que o organismo elimine o vírus.
Pesquisadores dos Estados Unidos estão perto de comprovar ser possível a infecção com o zika vírus por meio do sêmen. No entanto, aí também moram algumas das lacunas que a ciência terá que preencher no que diz respeito ao vírus. “Temos dois ou três casos documentados (de transmissão via sêmen), mas não sabemos se são todos os casos que transmitem. Então precisamos de um estudo mais longo”, explica o geneticista.
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