25 de abril de 2016
Crise deixa milhares de crianças angolanas sem vacinação – UNICEF
Milhares de crianças angolanas estão em risco de contrair doenças preveníveis pela vacinação, porque Angola enfrenta no atual momento dificuldades económicas, lamentou hoje, 25, em comunicado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Numa nota alusiva à Semana Mundial de Vacinação, que decorre de 24 a 30 de abril, aquela agência das Nações Unidas refere que no mundo cerca de 18,7 milhões de crianças não completam o calendário de vacinação e estão expostas a doenças que colocam em risco a sua vida.
O documento frisa que cerca de dois terços das crianças por vacinar vivem em países afetados por conflitos armados, que degradam os principais serviços de saúde, incluindo a vacinação, e sublinha que Angola, embora tenha ultrapassado essa fase, enfrenta agora desafios económicos "que colocam em risco a manutenção dos ganhos alcançados até agora". O atual cenário epidemiológico em Angola, marcado particularmente por um surto de febre-amarela, que já afetou 16 das 18 províncias, e causou já mais de 250 óbitos, "é um sinal mais que evidente da necessidade de se prestar maior atenção à questão da vacinação como medida de prevenção".
Por sua vez, o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Angola, Hernando Agudelo, frisou a importância de se vacinar não só crianças, mas todas as pessoas, para se evitar doenças que se podem prevenir pela vacinação.
Angola enfrenta há cerca de três meses dificuldades na administração da vacina BCG, contra a tuberculose, aos recém-nascidos, em falta no país.
Agência Lusa http://www.lusa.pt