27 de julho de 2016
Governo colombiano anuncia fim da epidemia de zika no país
O Ministério da Saúde da Colômbia anunciou nesta segunda-feira,25, que acabou a epidemia de zika no país, que desde setembro do ano passado até agora deixou 99.721 pessoas infectadas, segundo números divulgados pela presidência. A decisão de declarar o final da epidemia foi tomada depois que se tenham reduzido a cerca de 600 os casos novos semanais, segundo números do Ministério, que, no entanto, esclareceu que os reportes de infectados pela zika seguirão acontecendo no país.
A presidência destacou que, do total de afetados, 17.730 são mulheres em gestação "que são submetidas um estrito acompanhamento por parte do Ministério da Saúde e Proteção Social e do Instituto Nacional de Saúde (INS)", que informa semanalmente sobre o avanço do vírus. A respeito das mulheres grávidas com zika, o vice-ministro de Saúde Pública e Prestação de Serviços, Fernando Ruiz Gómez, garantiu que "entre os meses de setembro e outubro do presente ano será registrado um aumento de casos de microcefalia", procedentes das gestantes infectadas durante o "pico epidemiológico".
No julgamento do vice-ministro, o desafio a partir de agora é enfrentar os casos de microcefalia apresentados nos recém-nascidos, pois, segundo cálculos do Ministério, podem aumentar entre 100 e 300 casos produzidos pela zika. A diretora do INS, Martha Lucía Ospina, disse hoje,26, durante uma entrevista coletiva em Bogotá que nesta ano foram confirmados 256 casos de microcefalia, dos quais 21 estão vinculados ao vírus da zika.
Além disso, considerou que o vírus a partir de agora a situação passa da "epidemia à endemia". "A endemias convivem conosco, é um comportamento habitual, que se mantém presente na população", explicou a diretora. O vírus da zika, transmitido pelos mosquitos da espécie Aedes aegypti, o mesmo da dengue e chikungunya, pode provocar febre, olhos vermelhos sem secreção e sem coceira, erupção cutânea com pontos brancos ou vermelhos e, em menor frequência, dor muscular e articular.
Fonte: Agencia EFE