29 de julho de 2016
Samarco e Ibama voltam a discutir contenção de rejeitos na Região de Mariana, MG
A contenção dos rejeitos da Barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas, foi o tema da reunião entre a Samarco, as suas controladoras Vale e BHP Billinton, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), e outros órgãos, nesta quinta-feira, 28.
A preocupação dos órgãos ambientais é devido a proximidade do período chuvoso pois a lama de mineração pode causar mais danos ao meio ambiente e também romper. Quando a barragem de Fundão se rompeu, em 5 de novembro do ano passado, foram despejados 35 milhões de metros cúbicos de rejeitos do meio ambiente. A tragédia, que deixou 19 mortos, é considerada a pior degradação ambiental do país.
O último relatório concluído pelo Ibama sobre as ações da Samarco na área mais degradada pela tragédia de Mariana traz uma preocupação. O documento, divulgado em 21 de julho, constata que ações importantes para o correto carreamento de rejeitos acumulados ao longo de 102 quilômetros entre a Barragem de Fundão e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, não foram implementadas.
A situação coloca a barragem da usina em risco de rompimento, já que a estrutura sofre a pressão de 10,8 milhões de metros cúbicos de sedimentos.
Em nota, o Superintendente do Ibama em Minas Gerais, Marcelo Belisário, mostrou preocupação com a situação. “Quando e como a Samarco conseguirá, definitivamente, controlar o vazamento de rejeitos da Barragem de Fundão. Essas são as respostas que queremos”, disse sobre a reunião. “Nós temos cerca de 30 milhões de metros cúbicos de rejeitos espalhados nos cerca de 102 km que vão de Bento Rodrigues até a Usina de Candonga. Com o início das chuvas se aproximando solicitamos, por exemplo, que a Samarco apresente um plano de contingência caso, na pior das hipóteses, aconteça o rompimento da usina”, completou.
Fonte - Estado de Minas