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11 de agosto de 2016
Água está imprópria e pode causar doenças, diz MP, Governador Valadares, MG

Segundo laudo apresentado pelo Ministério Público,mesmo tratada, água do rio Doce está imprópria e pode deixar sequelas à saúde. Promotores querem que Samarco volte a distribuir água mineral à população.

Água chega às residências, mesmo tratada pelo Saae, com mais alumínio que o permitido, segundo laudo do Ministério Público.
Doenças degenerativas e neurológicas a longo prazo, como o mal de Alzheimer e o mal de Parkinson, osteoporose, alterações neurocomportamentais, incluindo encefalopatia, esclerose lateral amiotrófica e demência dialítica. Estes são algumas das doenças que a população está ameaçada de contrair bebendo a água do rio Doce, mesmo tratada pelo Saae. O laudo do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com base em amostras recolhidas em 13 locais em Valadares, incluindo escolas públicas, condomínios residenciais e hospitais, aponta que em 11 deles o nível de alumínio está acima do permitido e que o metal presente na água bruta não é eliminado durante o tratamento.

De acordo com o documento, não há dúvida acerca dos efeitos crônicos à saúde humana causados pela ingestão constante de alumínio. “Em um dos trabalhos científicos mais completos sobre o tema, foi constatado que, a partir de valores superiores ou iguais a 0,1 mg/L de alumínio na água produzida para abastecimento público, o risco de demência e declínio cognitivo aumenta. Ademais, inúmeros estudos demonstram que a presença do alumínio na água, em concentrações superiores ao padrão de potabilidade, pode contribuir para o aparecimento de algumas doenças no organismo humano”, revela o laudo.

O promotor de Justiça Leonardo Diniz Faria destaca que, após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, foi verificado que os níveis de alumínio estavam muito elevados na captação do rio Doce. “Considerando que os rejeitos das barragens apresentam em sua composição elevadas concentrações desse metal, é bem possível que o alumínio tenha sido transportado ao longo do rio Doce, ocasionando alterações na composição química em diversos trechos desse curso d’água, conforme a direção dos ventos, os índices pluviométricos e a vazão do rio. Além disso, o laudo aponta a substituição do coagulante polímero de acácia negra pelo sulfato de alumínio como outro motivo para a elevação dos níveis do metal na água.”

Em razão dessas evidências científicas, o laudo afirma ainda ser imprescindível que o Saae adote as medidas necessárias para a adequação do parâmetro, tanto na saída das ETAs quanto na rede de distribuição. “O laudo recomenda ainda que sejam constantemente monitorados os parâmetros de alumínio, manganês, ferro, cor aparente, turbidez, pH, sólidos dissolvidos totais, Escherichia coli, coliformes totais e cloro residual livre, na saída das ETAs de Valadares e em pontos estratégicos de toda a rede de distribuição do município. Para entendermos, a quantidade permitida pelo Ministério da Saúde é de 020 mg/L; na primeira medição em alguns pontos da cidade, foi revelado que a quantidade presente do metal seria de 064 mg/L. E mesmo sendo realizada a retrolavagem nos tanques do Saae, o novo teste apontou a presença de 037 mg/L”, complementou Faria.

Fonte: Diário Do Rio Doce

Secretaria de saúde
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