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19 de agosto de 2016
Epidemia de chikungunya cresce e deve sobrecarregar serviço de saúde

Com uma epidemia da febre chikungunya em curso, o Brasil já concentra 88% dos casos confirmados da doença nas Américas, de acordo com a OPAS (Organização Pan-americana de Saúde). Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a chikungunya não tem cura, somente medicação para alívio da febre e das dores intensas e muitas vezes incapacitantes, principalmente nas articulações de pés e mãos.

A preocupação dos especialistas é que a situação piore no verão e sobrecarregue ainda mais os serviços de saúde. Pelo menos 20% dos casos deixam sequelas crônicas, como artrites e artroses. No primeiro semestre do ano, o número de casos notificados no país foi quase dez vezes superior ao de igual período de 2015 -170 mil, contra 17 mil. Já há 38 mortes, contra seis no ano passado (2015) todo.

A região Nordeste apresenta a maior taxa de incidência da febre chikungunya: 267,8 casos por 100 mil habitantes -contra 27,9 em 2015. No Sudeste, a incidência também disparou -de 0,2 casos por 100 mil para 11,5. “O chikungunya é a bola da vez. O país já vive uma uma epidemia, sem dúvida, e não é pequena”, diz o infectologista Marcos Boulos, coordenador de controle de doenças da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

Os dados mostram que o vírus se espalhou pelo país -2.154 dos 5.570 municípios brasileiros têm notificações. No ano passado, eram 696. O Ministério da Saúde diz que o aumento de casos era previsto por se tratar de doença recente, identificada no Brasil em 2014. Afirma que o SUS disponibiliza acesso integral aos tratamentos para os pacientes com chikungunya.

Os registros paulistas acompanham o aumento no resto do Brasil. Até o início de agosto, foram notificados 4.987 casos pela secretaria do estado, 834 já confirmados. Em 2015 inteiro foram 1.505 notificações, com 189 confirmadas. “Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem em até seis meses, mas parte dos pacientes pode ficar com sequelas definitivas”, diz Boulos.

Transmissão para o bebê - ao menos três estados do país (Bahia, Paraíba e Pernambuco) já registraram casos de transmissão da febre chikungunya da gestante para o bebê. Em Campina Grande (PB), há um caso confirmado e outros cinco sendo investigados, segundo a obstetra Adriana Melo, médica também responsável pela identificação do vírus da zika no líquido amniótico de dois fetos com microcefalia em 2015. Ela afirma que faltam recursos para seguir com as investigações. “Coletamos o material, mas faltam kits sorológicos”, afirma.

Os bebês apresentaram sintomas da febre ckinungunya quatro dias após o nascimento. Ela diz que ainda não é possível saber se a transmissão ocorreu na hora do parto ou por meio do leite materno. Um dos bebês apresentou fortes convulsões, resultado de meningite. “O vírus provoca problemas neurológicos, levando a esse tipo de reação”, afirma Adriana Melo. (...).

Saiba mais.

Secretaria de saúde
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