RIO - A embaixadora da delegação da Grã-Bretanha e apresentadora de TV Charlie Webster continua internada no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, por conta de um quadro de malária. Charlie, de 33 anos, começou a se sentir mal logo depois da abertura dos Jogos Olímpicos, no dia 5 de agosto. Nesta segunda-feira, uma mensagem foi postada no Twitter da apresentadora, na qual ela afirma estar ficando mais forte a cada dia. No texto, Charlie diz ainda que "os últimos 16 dias foram infernais", embora não se lembre da maioria deles.

Charlie veio ao Brasil como parte da iniciativa “Ride to Rio” — uma travessia de bicicleta de cinco mil quilômetros, feita em 40 dias, entre a capital inglesa e o Rio de Janeiro para recolher fundos destinados a uma campanha de caridade. A pedido da família da apresentadora, o Copa D'Or não divulga informações sobre o atual estado de saúde dela.

Charlie e três ingleses saíram do Estádio Olímpico de Londres, no dia 27 de junho, e pedalaram até a cidade de Portsmouth, de onde, por meio de uma barca, cruzaram o Canal da Mancha até Le Havre, na Normandia. Os ingleses atravessaram os territórios da França e da Espanha até chegar a Lisboa, Portugal, onde pegaram um avião, desembarcando em Recife, no dia 15 de julho.

O grupo, a partir da capital pernambucana, desceu o litoral em direção ao Rio, onde chegou no dia 4 - véspera da abertura dos Jogos Olímpicos. Após a cerimônia de abertura, Charlie teve os primeiros sintomas. Ela foi levada ao Hospital São Lucas, em Copacabana, e depois transferida para o Copa D’Or.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que, no Brasil, a transmissão da malária está quase totalmente restrita à região Amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), que concentra mais de 99% da transmissão. No entanto, o Ministério esclarece que, apesar de terem um baixo risco, estados de outras regiões podem apresentar casos da doença.

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