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29 de agosto de 2016
Descoberta mutação que bloqueia entrada do hiv em organismo, Barcelona

Cientistas do Instituto de Pesquisa da aids IrsiCaixa identificaram uma mutação genética em pessoas com aids que bloqueia a entrada do vírus hiv em células do Sistema Imunológico, ao impedir a produção de uma proteína que facilita sua penetração no organismo.

O estudo, publicado na revista "Nature Communications", demonstra que esta mutaçãogenética impede a produção da proteína Siglec-1, que facilita a penetração do vírus de imunodeficiência humana (hiv) nas células mieloides, o que abre a porta para desenvolver fármacos complementares aos atuais que bloqueiem esta proteína sem efeitos colaterais.

O trabalho foi realizado por pesquisadores do IrsiCaixa, entidade espanhola de parceria público-privada, e da Universidade de Lausanne, da Suíça, junto com dois grupos de estudo.

"O estudo da genética humana e das pessoas que carecem de um receptor de maneira natural nos forneceu muita informação sobre futuros tratamentos a desenvolver", destacou Nuria Izquierdo-Useros, pesquisadora do IrsiCaixa que co-lidera o estudo junto com Amalio Telenti, do Instituto Craig Venter, na Califórnia.

Um mecanismo-chave no processo de disseminação do hiv no organismo é a infecção de suas células-alvo, os linfócitos T-CD4, através das células denominadas mieloides. Este processo, conhecido como transfecção, ocorre quando o vírus penetra nas células mielóides, fica em seu interior e de lá infecta os linfócitos T-CD4.

O estudo dos cientistas identifica pela primeira vez em pessoas infectadas pelo HIV uma variante genética que impede a produção do Siglec-1, o receptor que permite esta entrada do vírus nas células mieloides e sua subsequente transfecção aos linfócitos T-CD4.

Os pesquisadores concluem que esta variante confirma a possibilidade de utilizar o Siglec-1 como possível alvo terapêutico de novos medicamentos, já que sua ausência não tem qualquer consequência clínica aparente nos pacientes.

A presença da mutação genética detectada neste estudo é muito pouco frequente. Estima-se que apenas 1,3% da população europeia a possui em pelo menos uma de suas duas cópias de 23 cromossomos, e aproximadamente 0,05% tem nas duas.

Apesar desta frequência tão baixa, o estudo permite identificar pela primeira vez que existem pacientes infectados que, de maneira natural, carecem desta via de dispersão viral.Os pesquisadores conseguiram localizar 97 pessoas que tinham a mutação em uma de suas duas cópias de cromossomos e duas que a tinham em ambas.

Após estudar no laboratório o efeito destas alterações em células extraídas dos pacientes, os cientistas comprovaram que a mutação reduz a capacidade das células mieloide de capturar o vírus e transferi-lo aos linfócitos T-CD4.

O trabalho averiguou em dois grandes grupos de pacientes com hiv, na Suíça e nos Estados Unidos, se a presença desta mutação pode ser associada a uma determinada evolução da doença, mas terá que continuar realizando estudos que identifiquem mais portadores da mutação genética para poder tirar conclusões.

Saiba mais.

Secretaria de saúde
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