01 de setembro de 2016
Espanha confirma dois primeiros casos de "febre hemorrágica da Crimeia-Congo"
Madri, 1 set (EFE).- As autoridades sanitárias espanholas confirmaram nesta quinta-feira os dois primeiros casos de Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo detectados na Europa Ocidental, com o resultado da morte do primeiro afetado e a internação da enfermeira que o atendeu.
A Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo é um tipo de febre hemorrágica viral (FHV) causada por um vírus que vive em alguns animais ou insetos -denominados vetores- como os mosquitos, carrapatos e roedores, que são os responsáveis pela transmissão aos humanos.
O morto era um homem de 62 anos que faleceu no dia 25 de agosto em um hospital de Madri, após ser internado em um primeiro momento em outro centro médico onde foi atendido por uma enfermeira que se infectou.
A mulher está atualmente isolada no Hospital La Paz-Carlos III, especializado nesse tipo de doenças contagiosas.
Os humanos são infectados quando entram em contato com os animais infectados pelo vírus, quando é lançadio por um mosquito ou carrapato ou por contato com secreções ou excreções de roedores infectados.
Posteriormente, pode ser transmitido entre pessoas, por contato com fluídos infectados.O vírus da febre hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC) causa surtos graves de febre hemorrágica viral e sua taxa de mortalidade pode chegar a 40%. Não existe vacina e trata-se de uma doença endêmica na África, nos Bálcãs, no Oriente Médio e na Ásia, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Após a picada do carrapato, a fase de incubação é de um a três dias, com um máximo de nove.
O período de incubação após o contato com sangue ou tecidos infectados é maior, de cinco ou seis dias, com um máximo documentado de 13.
Os sintomas começam de maneira súbita, em forma de febre, dor muscular, enjoo, dor e rigidez de pescoço, lumbago, cefaléia, irritação dos olhos e fotofobia.
Fonte: Agencia EFE.