06 de setembro de 2016
Governos devem avaliar riscos de vacina contra a dengue, diz estudo
Pesquisa mostra que, se aplicada em áreas de baixa incidência, vacina contra a doença pode aumentar número de casos e de hospitalizações.
A vacina contra a dengue, uma delas já aprovada, pode aumentar a incidência de casos que necessitem de hospitalização, ao invés de prevenir a doença. Essa é a conclusão de estudo publicado na revista “Science” no dia 2 de setembro. A eficácia da vacina, avisam os pesquisadores, vai depender da região em que ela for administrada. Por isso, as autoridades de saúde pública devem ter cuidado com as indicações do imunizante.
A dengue normalmente provoca uma primeira infecção leve, mas pode ser muito pior se alguém é infectado com o vírus uma segunda vez. Há quatro tipos de vírus da dengue. Estudos apontam que a resposta do organismo deflagrada pela primeira infecção pode levar a uma resposta mais grave na presença de uma segunda.
E esse é um dos principais desafios para que a vacina seja desenvolvida. O medo é que, caso o imunizante não proteja o indivíduo totalmente, ele pode ficar mais suscetível a uma infecção mais grave, visto que a gravidade da dengue aumenta com a quantidade de infecções.
Na pesquisa publicada na Science, pesquisadores da Escola Bloomberg Johns Hopkins de Saúde Pública, da Imperial College London e da Universidade da Flórida analisaram dados de ensaios clínicos de vacinas realizados em 10 países com mais de 30.000 participantes.
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