20 de setembro de 2016
Instituto brasileiro pode testar uma vacina contra o zika em dois meses, SP
O Instituto Butantan pode começar em dois meses os testes em humanos de uma vacina contra o vírus zika, segundo o anúncio feito hoje,20, pelo diretor da entidade, Jorge Kalil, divulgou a imprensa brasileira.
O projeto, que é resultado de uma parceria com um instituto americano, é de uma vacina que usa um pequeno fragmento de ADN produzido sinteticamente em laboratório que codifica uma proteína do vírus zika e, por isso, desperta a resposta imunológica contra o vírus no organismo.
"É uma tecnologia absolutamente revolucionária. Sabemos que não tem nada de infeccioso e que não causa problemas para a grávida. Porque nós temos que proteger a mulher grávida", afirmou Kalil. Este tipo de vacinas (de ADN) são vistas como uma tendência para o futuro, mas, até ao momento, ainda não existe nenhum produto desse tipo aprovado para uso comercial.
O Instituto Butantan também trabalha no desenvolvimento de um soro contra zika e de anticorpos monoclonais para combater o vírus, ambos com a função de neutralizar o vírus já presente no organismo da pessoa infectada.
Outra iniciativa em andamento no Instituto Butantan é de um projeto de vacina contra o zika com vírus inativado, para o qual centro de pesquisa recebeu três milhões de dólares (2,7 milhões de euros) da Autoridade de Desenvolvimento e Pesquisa Biomédica Avançada (BARDA, sigla em inglês), órgão ligado ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos do Governo norte-americano (HHS).
Pesquisadores do centro já trabalharam no processo de cultura, purificação e inativação do vírus em laboratório. A entidade, em São Paulo, é uma instituição pública que produz vacinas (tétano, HPV e outras) e soros (contra veneno de cobras, aranhas e escorpiões, por exemplo), tem um departamento de pesquisa, um hospital, um museu e ainda dá formação na área da saúde.
Fonte: Agência Lusa (Portugal)