22 de setembro de 2016
Imunização: fazendo no presente, pensando no futuro, MS
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, o secretário de Vigilância em Saúde, Adeílson Loureiro Cavalcante e a coordenadora Nacional de Imunizações, Carla Domingues, participaram nesta quarta-feira (21) da abertura do “X International Symposium for Latin American Experts”, em Brasília. Promovido pela Sociedade latino-americana de Infectologia Pediátrica (SLIPE), o encontro busca debater a relevância das vacinas.
Prioridade do governo brasileiro, que há 43 anos criou o Programa Nacional de Imunização, as vacinas tiveram papel fundamental nas conquistas alcançadas no combate as doenças imunopreveníveis e poderão ser a melhor alternativa para o controle da dengue, zika e chikungunya. No Brasil, são ofertados gratuitamente 44 imunobiológicos, que são entregues em 5 mil 600 municípios, para abastecer as 36 mil salas de vacinação do País. Ao todo, anualmente, são distribuídas mais de 300 milhões de vacinas.
Durante o evento, que segue até esta quinta-feira (22), a conquista de resultados importantes no Brasil, por meio da imunização, como a erradicação da poliomielite, a eliminação do sarampo e da rubéola e pelo importante impacto na redução de casos e mortes pelas doenças imunopreveníveis, nas últimas décadas, ganharam destaque. Assim como a consolidação do programa brasileiro, como uma política pública eficiente com reconhecimento nacional e internacional, que ganhou mais força após a criação do Sistema Único de Saúde, sendo hoje exemplo seguido em vários países.
Apostando no futuro
Enfrentar os desafios da crescente complexidade do perfil epidemiológico das doenças transmissíveis, em um mundo em que os riscos sanitários são compartilhados de forma quase imediata, se faz necessário. Como é o caso de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti – dengue, zika e chikungunya.
Com recursos de R$ 110 milhões já assegurados pelo governo brasileiro, atualmente o Ministério da Saúde aposta em duas frentes: na produção de vacinas contra a dengue - que já se encontra em fase de conclusão, e contra o zika, que tem previsão de testes realizados em humanos no primeiro semestre de 2017.
Desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, a vacina que será capaz de imunizar a população contra os quatro sorotipos da dengue, com uma única dose, já está na última etapa e sendo testada em humanos. Com investimento da ordem de R$ 100 milhões, o resultado positivo é uma grande esperança para o controle da doença no Brasil.
Já os outros R$ 10 milhões, foram destinados para o desenvolvimento de uma vacina contra o zika. Fruto de acordo internacional entre o Instituto Evandro Chagas e a Universidade do Texas Medical Branch (EUA), em novembro começam os primeiros testes pré-clínicos com camundongos nos EUA e com chipanzés do Brasil. A expectativa é de que a vacina, que utilizará o vírus zika atenuado, seja administrada em dose única.
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