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26 de setembro de 2016
A microcefalia associada ao vírus zika é tema do Ciclo de Estudos, Brasília, MS

O Ciclo de Estudos microcefalia associada à infecção pelo vírus zika como emergência em Saúde Pública e a resposta brasileira, realizado na sexta, 23, levantou questões e desafios tais como a integração da vigilância e assistência no levantamento e respostas aos casos, além de trazer para os técnicos da secretaria a tarefa de analisar as pesquisa e a determinação das causas e origens do fenômeno microcefalia/zika.

A diretora substituta do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT/SVS/MS), Wanessa Tenório Gonçalves Holanda De Oliveira, abriu a sessão de palestras que contou com a participação do Coordenador Geral de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública (CGVR/DEVIT/SVS/MS), Wanderson Kleber de Oliveira; de Maria de Fátima de Souza, diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde (DANTPS/SVS); e de Enrique Vazquez, coordenador de Doenças Transmissíveis e Análise de Situação de Saúde da Organização Pan-Americana de Saúde.

Wanderson apresentou dados sobre a emergência em saúde pública e resposta brasileira aos surtos de microcefalia supostamente ligados a infecção pelo zika no nordeste do país em 2015. “Estamos no caminho para definir uma correlação ou não dos casos de microcefalia em mães infectadas. Mas, por enquanto, precisamos nos debruçar em alcançar dados mais completos, investigar casos não confirmados e estimular o uso do formulário de emergência no âmbito da Emergência”, comenta.

Segundo ele, a ideia é que o serviço público trabalhe no futuro não como emergência, mas rotina na avaliação de casos. O coordenador ainda citou o trabalho da Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento à microcefalia, lembrando que é preciso estimular os municípios a terem seus pontos focais para fortalecer o registro de dados, o diagnóstico e atendimento.

Maria de Fátima debateu sobre o perfil das mulheres que tiveram filhos com má formações congênitas associadas à contaminação pelo zika vírus. A mulher negra, jovem e com perfil social de pobreza está no topo da lista. Elas também se concentram no nordeste brasileiro. “Importante observar que em algumas regiões em que houve um elevado número de casos de contaminação pelo zika não houve necessariamente concentração de casos de microcefalia”, ponderou a diretora. Ela completou dizendo que diversos fatores contribuem para que os dados se deem como se dão.

É importante interpretá-los e intensificar a investigação para buscar respostas. O Rio de Janeiro, por exemplo, foi um desses casos em que os dados mostram alta de infecção e baixo nascimento de bebês com a má formação. A causa disso pode ser a realização de abortos clandestinos de grávidas infectadas e com medo de estarem esperando um bebê microcefálico. Segundo ela, é preciso se questionar quanto à etiologia do caso: unicausal ou cofatorial?. “Estamos começando na SVS uma fase de estudos relacionados a fatores ambientais, como a água, para entender o aspecto epidemiológico do nordeste”, finaliza. Os casos de má formações podem estar associados a fatores externos, além de outras doenças.

Juntamente com o Ministério da Saúde, a OPAS e Fiocruz fazem um trabalho de parceria importante para a pesquisa e enfrentamento do caso. Vazquez citou os trabalhos com os LACENs (Laboratório Central de Saúde Pública) de diversos estados. “A proposta é aprimorar a atuação das secretarias municipais. O que já está gerando impacto positivo”, comenta.

O Ciclo de Estudos da SVS acontece na última sexta-feira do mês no Ministério da Saúde, em Brasília. A transmissão é feita em tempo real pelo DATASUS.

Saiba mais.

Secretaria de saúde
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