28 de setembro de 2016
O suicídio: apoio emocional e troca de experiências ajudam sobreviventes, Fiocruz
Em sua tese de doutorado (“Experiência, narrativas e dispositivos infocomunicacionais: sobre o cuidado no comportamento suicida”), defendida em 2013 para o Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) / Icict, Mariana Bteshe afirma que “o apoio social apareceu nas narrativas como um recurso de cuidado mais importante do que os cuidados médicos em si.
O que está em questão é a possibilidade de falar sobre o assunto abertamente ,de ser acolhido, de fazer parte de um processo de comunicação”, destacando a importância tanto para quem tenta o suicídio, quanto para os sobreviventes, a necessidade de compartilhar o que está sentindo, ou o que ocorreu. "Na verdade, isso me surpreendeu", afirma, "pois, poucas pessoas tinham acesso ou procuravam os serviços de saúde. Mas, os cuidados médicos são essenciais! Um não substitui o outro. Nem é mais importante. São duas formas de cuidado complementares". esclarece.
Mariana destaca também que as pessoas que participaram de sua pesquisa relataram “algum impacto negativo ou de mudança em suas vidas, após um suicídio ou terem passado pelo comportamento suicida (...). Uma metáfora que nos parece bastante pertinente é a de um tsunami, que destrói tudo e exige um trabalho intenso de reconstrução e reinvestimento”.
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Acesse também o especial "Suicídio", da Agência Fiocruz de Notícias
Leia a entrevista de Mariana Bteshe, "Sobreviventes: a dor e o cuidado".
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