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13 de outubro de 2016
Casal brasileiro Nobel

Os brasileiros Ruth e Victor Nussenzweig realizaram o sonho de todo cientista: ver suas descobertas melhorando o mundo. Este feito pode render um Nobel de Medicina.

No continente africano, sete países completaram a terceira fase de testes da primeira vacina contra a malária causada pelo parasita Plasmodium falciparum. Um momento crucial na história do combate à doença, segundo a OMS. Foi ela, Ruth, que, há quase 50 anos, descobriu no laboratório a primeira pista de que imunizar pessoas contra o parasita era possível. Naquela época, a malária matava mais de um milhão de pessoas por ano, era a principal causa de morte em toda a África, fazia vítimas no sul dos EUA e da Europa.

Em 1967, Ruth divulgou um estudo que demonstrava como quebrar o ciclo de infecção da malária em roedores. Ela irradiou com raio-X os esporozoítos, forma do parasita que é transmitida a humanos pela picada do mosquito Anopheles. Depois, injetou esses esporozoítos em camundongos e, em seguida, os infectou com parasitas que não foram irradiados. A doença não foi transmitida: os esporozoítos enfraquecidos pelo raio-X ativaram uma resposta imune protetora do organismo. A vacina era viável.

"A Ruth fez os trabalhos fundamentais de proteção contra malária numa época em que se achava ser impossível", defende o marido e colega, Victor Nussenzweig. Ele fazia pesquisa básica em imunologia e foi convocado por Ruth para cooperar no estudo da malária. Juntos, acabaram com um dogma científico. É que em regiões endêmicas, sobretudo na África, as crianças têm uma infecção de malária atrás da outra e o organismo parece nunca adquirir imunidade contra a doença. "Isso criou essa convicção entre os cientistas sobre a impossibilidade de uma vacina", relembra Victor.

Num projeto conjunto, Victor foi a fundo para descobrir o elemento que neutralizava a infectividade dos esporozoítos expostos a raios-X. O anúncio veio em 1980: é uma alteração na proteína CS, presente na superfície dos esporozoítos, que deixa o parasita inofensivo.”Ruth sempre acreditou na vacina contra a malária, apesar da desconfiança dos pares”.

Este é o princípio básico da vacina RTS,S (Mosquirix). Ela foi desenvolvida pela GSK, com apoio da Fundação Bill & Melinda Gates, em parceria com a OMS e a Iniciativa para a Vacina da Malária (MVI), da ONG americana PATH. "A malária causada pelo P. falciparum está 'mais ou menos' resolvida. Já se obtém 90% de proteção em adultos", avalia Ruth.

http://super.abril.com.br/ciencia/casal-nobel

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