A demora na entrega dos resultados dos exames de calazar ( leishmaniose visceral ) pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) tem preocupado a população em Santarém, no oeste do Pará. Em 2013 foram registrados quatro casos da doença em humanos, 2014 e 2015 não houve registros, mas em 2016 houve 11 casos suspeitos, sendo 10 confirmados. De acordo com a Divisão de Vigilância em Saúde (Divisa), a demora ocorre devido ao método para analisar os exames requerer um número específico de amostras de sangue.

Em 2016, o CCZ realizou 335 testes rápido, e 150 apontaram diagnóstico positivo.Em entrevista à TV Tapajós, um homem que preferiu não ser identificado, disse que suspeita que o cão da família esteja com a doença. Ele levou o animal ao CCZ há um mês, fizeram a coleta do sangue e o teste rápido deu positivo. Um novo exame clínico foi feito após o diagnóstico, mas até o momento não foi divulgado o resultado. O animal ainda está com a família, o que gera riscos.

O teste rápido é apenas um teste de triagem para detectar casos suspeitos e o resultado fica pronto em 24 horas. Este teste tem a garantia de 95% precisão. Se um animal tiver um diagnóstico positivo, uma nova coleta é feita e encaminhada para exames clínicos. Até setembro de 2016, o CCZ realizou 335 testes rápidos. Desse total, 150 apontaram o diagnóstico para calazar.

Conforme dados da Divisa, em Santarém 11 pessoas eram suspeitas de leishmaniose visceral, e 10 tiveram comprovação da doença, sendo que uma pessoa morreu. Um caso foi importado de outro estado, dois da região do Lago Grande, dois da região do Arapiuns, e os outros casos foram registrados nos bairros Jaderlândia, Santarenzinho, Nova Republica e Área Verde. Dos casos, cinco são crianças e cinco são adultos. A leishmaniose visceral é transmitida pelo mosquito-palha. O vetor pica animais contaminados e depois seres humanos.

http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2016/10/em-santarem-demora-na-entrega-de-exames-para-calazar-preocupa.html