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19 de outubro de 2016
Estilo de vida é determinante para diminuir risco de Alzheimer, Açores, Portugal

Investigadores sobre a doença de Alzheimer alertam que a alteração de estilos de vida é determinante para evitar o aparecimento da doença.

A médica neurologista Belina Nunes e o investigador norte-americano George Perry deixaram ontem este alerta durante a conferência "Cognição e demência", promovida no âmbito das comemorações do décimo aniversário da Associação Alzheimer Açores – ALZA.

A médica e diretora da Clínica de Memória do Porto, Belina Nunes, destacou que existem numerosos estudos epidemiológicos que mostram a ligação entre a doença de Alzheimer e a dieta alimentar, o stress e o exercício físico. Neste contexto, Belina Nunes lembrou um estudo realizado na Finlândia que mostrou que uma alimentação controlada em termos de risco vascular, a redução do risco de carência alimentar, o exercício físico e a estimulação contribuem para uma melhoria da função cognitiva. Com base nestes dados, a especialista alertou para a necessidade da população portuguesa controlar o uso de sal e açúcar, em geral, como forma de prevenir os acidentes vasculares cerebrais.

"A doença de Alzheimer é apenas uma forma de demência que está muitas vezes nas idades tardias associada a lesões vasculares. Ora, se prevenirmos o aparecimento de lesões cerebrais, como enfartes cerebrais, retardaremos o aparecimento do declínio cognitivo", alertou. Por seu lado, o investigador da Universidade do Texas, George Perry, durante a sua intervenção destacou a importância de se investir no estudo desta doença lembrando que a progressão do Alzheimer tem características únicas, como o facto de "roubar a identidade e a consciência do indivíduo", causando "uma separação entre a mente e o corpo, dado que enquanto a mente enfraquece, o corpo mantém-se intacto". Para além da componente emocional e financeira sobre as famílias.

O investigador revelou ainda que 99,6% dos ensaios clínicos falharam, o que levou os investigadores a abandonar o modelo de investigação exclusivamente baseado no Amiloide Beta e na proteína Tau, para explorarem uma perspetiva holística que se tem mostrado vantajosa noutros pacientes com doenças crónicas.

Assim, este investigador diz ser a favor desta forma "holística" de se considerar a prevenção da doença de Alzheimer.

"Trabalhar com, e não contra, a resposta biológica de envelhecimento do cérebro poderá oferecer novas janelas para retardar a doença de Alzheimer, assim como para reduzir as doenças cardíacas, não pela cura, mas pela redução do seu impacto", defendeu. Ao Açoriano Oriental, Belina Nunes destacou ainda que atualmente a doença de Alzheimer é ainda muitas vezes confundida com envelhecimento, quando na realidade se trata de uma patologia cerebral, o que muitas vezes retarda o diagnóstico inicial da doença.

A médica afirmou ainda que no futuro terá de haver uma alteração na forma como o diagnóstico da doença é encarado. "Atualmente, em Portugal, e também na Europa, há muito a tendência para o doente não saber do diagnóstico - a ser-lhe de alguma forma colocado um véu de ocultação para mitigar a doença. Isto é algo que se vai transformar rapidamente, dado que à medida que se avança no estudo de marcadores precoces e em tratamentos precoces, é impossível o doente não saber", afirmou. 99,6% dos ensaios clínicos falharam o que levou os investigadores a explorarem uma perspetiva holística.

Fonte: Açoriano Oriental

Secretaria de saúde
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