26 de outubro de 2016
Número de casos de caxumba é cinco vezes maior que em 2015, SP
Desde o início deste ano, 1.301 casos da doença foram confirmados na região; surto da doença está ligado a circulação de um novo tipo do vírus. Os casos de caxumba na RPT (Região do Polo Têxtil) já chegaram a 1.301 desde o início do ano. O número é cinco vezes maior do que o registrado entre janeiro e dezembro de 2015. Somente entre os dias 11 e 21 de outubro, foram detectadas 51 novas contaminações.
O surto da doença está ligado a circulação de um novo tipo do vírus, identificado nos Estados Unidos há dois anos. A cidade com mais casos da doença é Hortolândia, com 538 notificações. No ano passado, foram registradas 131 contaminações no município. Na sequência, aparecem Santa Bárbara d’Oeste e Americana, com 292 e 241 casos, respectivamente. Sumaré apresentou 198 notificações e em Nova Odessa, foram 32. Na última semana, Santa Bárbara teve 29 novos casos, Americana mais 20 e Nova Odessa outros dois.
O médico infectologista do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, Arnaldo Gouveia Júnior, explicou que a caxumba era uma doença muito comum até a década de 1990, quando teve início a vacinação. Contudo, com esse novo surto registrado no país, ficou claro para a comunidade médica que o a imunidade da vacina não é tão infalível quanto a natural, decorrida dos anticorpos produzidos quando alguém é contaminado. “A caxumba era vista como uma doença universal. Há algumas décadas praticamente todo mundo na infância ou no início da adolescência adquiria a doença”, explicou o médico.
O vírus que está circulando atualmente no país, decorrente de uma mutação genética, apresenta as mesmas características, podendo resultar em surdez, meningite, inflamação nos testículos e ovários, caso o paciente não fique em repouso.
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