03 de novembro de 2016
Segundo a Unicef, 300 milhões de crianças respiram ar tóxico
Nesta segunda-feira, 31, uma semana antes da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou um relatório que diz que a contaminação do ar é um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças respiratórias e a elevação do índice de mortalidade infantil.
De acordo com o estudo, uma em cada sete crianças ao redor do mundo vive em regiões onde a poluição ultrapassa em pelo menos seis vezes os níveis considerados seguros. No total, cerca de 300 milhões de crianças estão expostas a poluentes.“A contaminação ambiental é o principal fator que contribui para a morte anual de cerca de 600 mil crianças com menos de 5 anos, e ameaça a vida e o futuro de milhões mais a cada dia”, disse Anthony Lake, diretor executivo do Unicef. “Os contaminantes não apenas provocam danos no desenvolvimento pulmonar, como podem cruzar a barreira de sangue do cérebro e causar danos cerebrais permanentes. Nenhuma sociedade pode ignorar a contaminação do ar.”
O Unicef pede ações imediatas dos líderes mundiais para a redução da contaminação do ar em seus países. Além dos fatores externos, como queima de combustíveis fósseis, os agentes internos também contribuem para a poluição, como utilizar carvão ou lenha em ambiente doméstico, para uso de cozinha e aquecimento. Juntas, a contaminação externa e interna estão diretamente relacionadas com a pneumonia e outras doenças respiratórias, que respondem por uma em cada dez mortes de crianças com menos de cinco anos de idade.
A Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas vai acontecer entre os dias 7 e 18 de novembro, no Marrocos.
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