04 de janeiro de 2018
Pesquisa da UFMG pode resultar em vacina e diagnóstico da leishmaniose humana e canina
Foram feitos testes de imunogenicidade, visando ao desenvolvimento da vacina, e de antigenicidade, que favoreceram a criação do método de diagnóstico da doença. "Buscávamos antígenos para uma molécula-alvo. Na minha pesquisa, essa molécula-alvo são os anticorpos dos pacientes, humanos ou caninos, portadores da leishmania ativa. Colocamos os anticorpos dos doentes em uma solução com vários fagos [vírus que infectam apenas bactérias] diferentes. Alguns se ligaram à molécula e ali ficaram aderidos", explica a pesquisadora. No caso do diagnóstico, ela acrescenta que os fagos conseguiram identificar o que era positivo e o que era negativo para a doença. "Foi possível separar amostras de pessoas sadias ou que têm outras doenças, como Chagas, cujo diagnóstico é comumente confundido com o da leishmaniose", completa a ex-doutoranda Lourena Costa, da Faculdade de Medicina da UFMG, .
Como se sabe, a leishmaniose é uma doença causada por protozoários de mais de 20 espécies diferentes de Leishmania. Presente em 98 países, ela atinge 1,3 milhão de pessoas todos os anos. No Brasil, entre 2005 e 2015, houve redução dos casos de leishmaniose visceral em 9%, e a incidência da forma tegumentar da doença caiu 27%. Apesar dos números animadores levantados pelo Ministério da Saúde, a leishmaniose ainda é uma doença endêmica que mata cerca de 50 mil pessoas todos os anos no mundo – 90% dessas mortes estão concentradas na América do Sul.
Saiba mais:
https://www.revistaencontro.com.br/canal/atualidades/2017/11/pesquisa-da-ufmg-pode-resultar-em-vacina-e-diagnostico-da-leishmaniose.html