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02 de agosto de 2017
Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose: especialista destaca a importância do acompanhamento dos pacientes

Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose: especialista destaca a importância do acompanhamento dos pacientes

Uma doença antiga, mas que apesar de ainda altamente presente em nosso meio, as pessoas pensam não existir. Assim a médica Monica Flores Rick, pneumologista da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, responsável pelo ambulatório de Tuberculose Drogarresistente do CMS Augusto Amaral Peixoto. Por isso, datas como o Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose, comemorado em 5 de agosto, são importantes.

O Rio Com Saúde aproveitou a proximidade da data para conversar com a médica sobre a doença, destacando os desafios, as expectativas e os casos de tuberculose multirresistente. “Existem dois aspectos fundamentais na tuberculose: seu diagnóstico precoce e o tratamento regular e completo. Esses fatores devem ser sempre buscados pelas equipes de saúde”, afirma Mônica. Segundo ela, quanto mais precoce o diagnóstico, menos pessoas transmitindo a doença. “A cura também significa menos transmissão e menos desenvolvimento de resistência, que está diretamente ligada à regularidade e completude do tratamento”, completa.

Monica confirma que tem havido aumento no número de casos de tuberculose resistente. “Houve um aumento nos casos de monorresistência (a um dos medicamentos do esquema), e por isso em 2009 houve a modificação do tratamento pelo Ministério da Saúde, com a associação de uma quarta droga ao esquema”, explica.

Segundo a médica, a principal causa do desenvolvimento de resistência é a utilização de esquemas de tratamento inadequados e o abandono de tratamento. “No Brasil a utilização de esquemas padronizados favorece o uso adequado pelos profissionais de saúde, mas o paciente pode fazer uso irregular, e com isso não curar”, observa. Ela, no entanto, acredita que o país ainda está numa situação confortável em relação a outros países, especialmente na Ásia, onde os casos de tuberculose resistente representam mais de 50% do total.

Mas isso não significa que se possa relaxar! “Penso que a estratégia de tratamento e acompanhamento desses pacientes pela atenção básica tem trazido uma humanização que pode trazer bons resultados quando bem aplicados. Muitos pacientes de tuberculose têm problemas com álcool e drogas, e o apoio da saúde mental é crucial também. O paciente precisa resgatar sua dignidade para querer vencer a doença”, opina.

Secretaria de saúde
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