A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, ocorre quando a pressão do sangue causada pela força contração do coração e das paredes das artérias para impulsionar o sangue para todo o corpo ocorre de forma intensa sendo capaz de provocar danos na sua estrutura.

Ou seja, esse aumento da pressão dentro das artérias, ocasiona mal em vários órgãos, principalmente no cérebro, rins e coração.

Na maioria das vezes ela é silenciosa, só aparecendo os sintomas quando já está elevada e já podendo ter causado mal aos rins, artérias, coração e cérebro. A hipertensão arterial é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal em todo o país.

Por ser silenciosa, muitas pessoas nem sabem que possuem a doença. Por isso devemos medir a pressão arterial pelo menos 1 vez ao ano para pessoas acima de 50 anos e que nunca tiveram aumento da pressão arterial. Para aqueles que possuem familiares com pressão alta devem ficar mais atentos, pois a doença tem caráter familiar. Para as pessoas que já são hipertensas, a recomendação é que seja aferida a pressão a cada 3 meses ou com intervalo menor caso o seu médico solicite.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia classifica dessa forma os níveis da pressão arterial:

• Pressão normal: 100x60 mmHg à 129x84mmHg
• Pressão normal limítrofe: 130x85 mmHg à 139x89 mmHg.
• Pressão alta: 140x90 mmHg ou maior

O Ministério da Saúde estima que 22,7% dos brasileiros adultos sofram de hipertensão arterial. Na população jovem entre 18 e 24 anos 5,4% são acometidos pela doença. Já na população com mais idade esse percentual aumenta, chegando a 60% a partir dos 65 anos de idade.

E afinal, o que fazer quando se descobre que a pressão está alta?

Primeira coisa é procurar um médico, que pode ser um clínico, um cardiologista ou médico de saúde da família. Ele fará a confirmação da doença ou não. Só o médico poderá confirmar e tratar adequadamente a hipertensão arterial.

Mas não se esqueça, que a hipertensão além do tratamento com medicamentos, passados pelo médico, também precisa de outras medidas. São elas:

Combate ao excesso de peso

A obesidade contribui para o aumento da pressão arterial. Mesmo as pessoas que estejam pouco acima do peso vale a pena ficar com peso ideal, por isso é necessário controle do peso sob orientação de nutricionista.

Sedentarismo

Atividade física regular sob orientação médica, contribui para estabilização da pressão arterial.

Sal na comida

A diminuição do uso de sal na comida contribui na diminuição da pressão arterial. Procure um nutricionista para saber como manter uma alimentação saudável e saborosa com temperos naturais, reduzindo o consumo de sal ou temperos industrializados.

Fumo

Já está mais do que provado que o cigarro provoca males em todo organismo como também contribui com a piora de algumas doenças, uma delas é a hipertensão. Livre-se do cigarro, sabemos que é difícil, mas você pode pedir ajuda nas unidades básicas de saúde que lá você irá encontrar equipe para ajudar você se livrar desse vício. Procure uma unidade de saúde para participar dos grupos de cessação do tabagismo.

Estresse

Uma vida agitada sem momentos de lazer ou divertimentos acabam contribuindo para aumento da hipertensão. Uma caminhada ao ar livre, um bate papo com amigos, já ajudam bastante. Uma viagem se puder, melhor ainda.

Colesterol

O aumento do colesterol pode provocar obstruções nas artérias e se combinado com hipertensão arterial poderá levar mais precocemente a graves danos no coração, rins e cérebro. Por isso é necessário controle dos níveis de colesterol seja com medicação passada pelo seu médico, ou seja, por dieta sob orientação de nutricionista.

Bebidas alcoólicas

Comprovadamente as bebidas alcoólicas aumentam os níveis da pressão arterial, portanto as pessoas que já possuem hipertensão devem beber com muita moderação, ou mesmo abolir o hábito da bebida alcoólica.