A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, conhecida também como bacilo de Koch, que afeta principalmente os pulmões (Tuberculose Pulmonar), mas que pode atingir vários outros órgãos e tecidos do corpo humano, como, por exemplo, meninges, pleura, rins, gânglios, pele, olhos, aparelho genital etc. (Tuberculose Extrapulmonar). Mas trata-se de uma doença que tem cura, desde que corretamente tratada.
Aspectos epidemiológicos
A tuberculose continua sendo um problema de saúde mundial. Apesar de uma diminuição do número de casos a partir do início do século XX, especialmente com o advento dos medicamentos específicos para o combate à doença, no final do mesmo século, com a piora das condições de vida da população e o surgimento da pandemia da Aids, voltou a aumentar o número de casos.
O Brasil é um dos 22 países que concentram 80% da carga mundial da doença. Anualmente ocorrem cerca de 4,5 mil mortes por tuberculose (apesar de ser doença curável), sendo a quarta causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte em pessoas vivendo com HIV/AIDS. O Estado do Rio de Janeiro apresenta o maior coeficiente de incidência do país e a maior taxa de mortalidade. No ano de 2012 foram notificados um total de 14.505 casos (entre casos novos e retorno após abandono e recidiva).
Modo de transmissão
A transmissão da doença ocorre por via aérea. A infecção ocorre quando uma pessoa com tuberculose ativa de vias respiratórias (pulmonar ou laríngea) ao tossir, espirrar ou falar elimina bacilos no ar que são aspirados por outra. A pessoa que aspira os bacilos da tuberculose poderá adoecer ou não, dependendo da quantidade de bacilos aspirados e do seu sistema imunológico. Isto quer dizer que nem todos que se contaminam com o bacilo adoecerão. Dependendo de sua defesa orgânica, o indivíduo poderá controlar a infecção e não adoecer. Por isto, as camadas sociais mais pobres da população, que têm suas defesas enfraquecidas por precárias condições de vida, e as pessoas com outras doenças que acometem as defesas orgânicas como a Aids, alcoolismo e diabetes mellitus, principalmente, adoecem com mais freqüência.
Portanto, não há necessidade de separar talheres, roupas de cama, utensílios e quaisquer outros objetos utilizados pela pessoa que está com tuberculose.
Os doentes bacilíferos, que são aqueles com resultado positivo para tuberculose no exame de baciloscopia do escarro, são a principal fonte de infecção, mas após iniciarem o tratamento específico, em poucos dias deixam de eliminar bacilos, deixando de transmitir a doença. Geralmente, ao final dos primeiros 15 dias de tratamento, eles não transmitem mais a doença.
Sinais, sintomas e diagnóstico
O principal sintoma da forma pulmonar é a tosse. Recomenda-se que quando a tosse persiste por tempo igual ou superior a três semanas – o que é denominado de sintomático respiratório – seja investigada a tuberculose através de exame de escarro. A tosse pode ser acompanhada de cansaço, febre vespertina, sudorese noturna, perda de apetite, emagrecimento, hemoptóicos (escarro com estrias de sangue) e hemoptise (escarro de sangue).
As pessoas com suspeita de tuberculose devem procurar uma Unidade de Saúde mais próxima de sua residência ou local de trabalho, para ser avaliadas por um enfermeiro ou médico. É importante ressaltar que toda pessoa com tosse há mais de três semanas deve ser submetida à baciloscopia de escarro.
Tratamento
O tratamento deve ser realizado nas Unidades de Saúde dos municípios, de forma diretamente observada pelos profissionais de saúde. Os medicamentos são distribuídos pelas unidades básicas de saúde. Atualmente, só se internam pacientes de tuberculose que tenham outras doenças associadas ou complicações da própria tuberculose que exijam internação ou em casos sociais em que não haja condições de tratamento ambulatorial.
Para a cura da doença é essencial que os medicamentos sejam tomados diariamente e por seis meses. O esquema de tratamento hoje preconizado no Brasil é o Esquema Básico, com associação de quatro fármacos na fase intensiva de tratamento (dois primeiros meses) e dois fármacos, na fase de manutenção (quatro meses).
Uma vez iniciado o tratamento, ele não deverá ser interrompido, salvo após uma rigorosa revisão clínica e laboratorial que determine mudanças de diagnóstico ou de esquemas medicamentosos. O abandono do tratamento acarreta o retorno da tuberculose e pode levar ao surgimento de resistência da doença aos medicamentos existentes e a complicações que podem levar à morte.
Prevenção
A tuberculose merece especial atenção de todos os profissionais de saúde e da sociedade de modo geral. Diagnosticar e tratar precocemente os casos de tuberculose pulmonar são as principais formas de controlar a doença, interrompendo a cadeia de transmissão.
Além da busca ativa dos sintomáticos respiratórios, são importantes medidas a avaliação dos contatos; vacinação com BCG, administrada nos primeiros dias de vida do recém-nascido, que protege contra as formas graves da doença (meningite tuberculosa e formas disseminadas); quimioprofilaxia ou tratamento da infecção latente por tuberculose, em que a indicação dependerá de uma avaliação médica dentro de alguns critérios clínicos e de exames.
Além de todos estes cuidados, a participação e mobilização da comunidade são fundamentais no controle da doença, certamente contribuindo para que o diagnóstico seja realizado o mais rápido possível; para que a adesão ao tratamento seja melhorada, diminuindo as chances de abandono e transmissão da doença; combatendo o preconceito e a discriminação das pessoas que estejam em tratamento da tuberculose. Para tanto, é importante que a população seja preparada com informações a cerca da doença e dos programas de controle para que tenham condições de engajamento em ações reivindicatórias para execução de ações e projetos buscando soluções próximas da realidade.
Programa de Controle da Tuberculose do estado do Rio de Janeiro
Gerente: Ana Alice T.P.Bevilaqua
Equipe: Claudia Bodart, Cristina Gomes da Costa, Eliane Dale Sucupira, Elaine Maria de Lima, Geraldo Warth, Gilmar dos Santos Chaves, Ivo Roberto Lobo de Soeiro, Jaqueline Ramos de Almeida (colaboradora), Juciara Dias Maciel, Kátia Amorim, Maíra Guazzi, Marneili P. Martins, Osvaldina de Souza, Regina Zuim, Sergio William Findlay da Silva.
Gerência de Pneumologia Sanitária
Rua México, nº 128 – 4º andar/ Sala 411, Centro - Rio de Janeiro – RJ – CEP 20.031-142
Telefone/Fax: (21) 2333-3848
Telefone: (21) 2333-3985(21) 2333-3985
E-mail: tuberculose@saude.rj.gov.br
Municípios prioritários para as ações no estado: Angra dos Reis, Araruama, Barra do Piraí, Barra Mansa, Belford Roxo, Cabo frio, Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, Itaperuna, Japeri, Macaé, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis, Queimados, Resende, Rio das Ostras, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti, Teresópolis, Três Rios, Vassouras, Volta redonda.
O Estado do Rio de Janeiro apresenta o maior coeficiente de incidência do país e a maior taxa de mortalidade. No ano de 2012 foram notificados um total de 14.505 casos de todas as formas (entre casos novos e retorno após abandono e recidiva) e 739 óbitos, o que resulta em um coeficiente de incidência de 72/100.000 habitantes e uma taxa de mortalidade, de 4,6 por 100.000 habitantes. Em relação aos casos de tuberculose com baciloscopia positiva, a taxa de cura neste ano foi de 65,7%, quando a meta preconizada é de 85% e a proporção de abandono atingiu 13,8%, quando a meta preconizada é de, no máximo, 5%.
A Estratégia atual, recomendada pela OMS, Ministério da Saúde e pela SES-RJ, é descentralizar as ações de controle da tuberculose para toda a rede básica de saúde e garantir a realização do Tratamento Diretamente Observado (TDO) para todos os casos de tuberculose, em todas as unidades básicas de saúde do estado.
Muitas unidades de saúde dos municípios já realizam as ações de controle da tuberculose.
Confira aqui os locais de atendimento no município do Rio de Janeiro.
Confira aqui onde ser atendido nos demais municípios do estado.
Confira aqui a Rede de Referência Terciária em Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro.
Confira aqui os Hospitais de Referência em Tuberculose para Internação no Estado do Rio de Janeiro.
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Vale Social
Toda pessoa que esteja com tuberculose tem direito ao Vale Social, que tem como objetivo garantir acesso e dar continuidade ao seu tratamento de saúde. Pessoas portadoras de deficiência física, visual, auditiva ou mental, além de outras doenças crônicas também possuem esse direito.
O Vale social garante gratuidade em transportes intermunicipais – barcas, metrôs, trens e ônibus intermunicipais. Crianças, adolescentes e adultos incapazes de se locomoverem sozinhos têm direito à gratuidade para um acompanhante.
Para saber quais os documentos são necessários para obter esse direito e os locais que realizam o cadastramento, clique aqui.
Mais informações:
Vale Social
Tel: (21) 2333-9316(21) 2333-9316 / (21) 2333-9317(21) 2333-9317 / (21) 2333-9318(21) 2333-9318
De segunda a sexta, de 9h a 15h
Ouvidoria
Tel: (21) 2333-8664(21) 2333-8664 / (21) 2333- 8665(21) 2333- 8665
De segunda a sexta, de 10h a 17h
E-mail: transportes@transportes.rj.gov.br
Auxílio doença
Auxílio doença é o benefício que todo cidadão que contribui para a Previdência Social pode receber mensalmente em caso de incapacidade temporária para o trabalho devido a doença ou acidente. No caso dos trabalhadores de carteira assinada, os primeiros 15 dias de afastamento são pagos pelo empregador. Após esse prazo, se não recuperar a capacidade para o trabalho, o segurado passa a receber o benefício pelo INSS.
Para ter direito aos benefícios da Previdência Social, o trabalhador precisa estar em dia com suas contribuições mensais, caso contrário, pode perder a qualidade de segurado. Em geral, para obter o auxílio- doença, o cidadão tem que ter um número mínimo de contribuições para poder solicitá-lo. Pacientes com tuberculose ativa (em tratamento), desde que sejam segurados da Previdência Social, estão isentos desse prazo mínimo de contribuição.
Agendamentos para auxílio doença e outros benefícios da Previdência Social são realizados pelo telefone 135 ou no site http://www.previdencia.gov.br
Além do auxílio doença, existem outros benefícios que os pacientes com tuberculose podem acessar a partir de orientações sociais. Por isso, é importante que buscar orientação do assistente social no posto de saúde em que o tratamento é realizado ou no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo.
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Última atualização em: 01 de abril de 2016