O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. A viremia, causada pela infecção, provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas, gerando o quadro espoliante característico da infecção. Além disso, as complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano de idade.
O vírus do sarampo pertence ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae.
Modo de transmissão
É transmitido diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Essa forma de transmissão é responsável pela elevada contagiosidade da doença. Tem sido descrito, também, o contágio por dispersão de gotículas com partículas virais no ar, em ambientes fechados como, por exemplo: escolas, creches e clínicas.
Sintomas
Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5°C, exantema maculopapular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema). Didaticamente as manifestações clínicas do sarampo são divididas em três períodos:
- Período de infecção – dura cerca de 7 dias, iniciando com período prodrômico, onde surge febre, acompanhada de tosse produtiva, coriza, conjuntivite e fotofobia. Do 2° ao 4° dia desse período surge o exantema, quando se acentuam os sintomas iniciais, o paciente fica prostrado e aparecem as lesões características do sarampo: exantema cutâneo maculopapular de coloração vermelha, iniciado na região retroauricular.
- Remissão – caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, declínio da febre. O exantema torna-se escurecido e, em alguns casos, surge descamação fina, lembrando farinha, daí o nome de furfurácea.
- Período toxêmico – o sarampo é uma doença que compromete a resistência do hospedeiro, facilitando a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana. Por isso, são frequentes as complicações, principalmente nas crianças até os 2 anos de idade, em especial as desnutridas, e adultos jovens. A ocorrência de febre, por mais de 3 dias, após o aparecimento do exantema, é um sinal de alerta, indicando o aparecimento de complicações. As mais comuns são: infecções respiratórias; otites; doenças diarreicas; e neurológicas. É durante o período exantemático que, geralmente, se instalam as complicações sistêmicas, embora a encefalite possa aparecer após o 20° dia.
Aparecimento dos sintomas
Geralmente de 10 dias (variando de 7 a 18 dias), desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema.
Duração dos sintomas
Depende do quadro clínico apresentado e da existência de complicações.
O que fazer em caso de sintomas
Procurar imediatamente o serviço de saúde.
No plano individual, o isolamento domiciliar ou hospitalar dos casos consegue diminuir a intensidade dos contágios. Deve-se evitar, principalmente, a frequência às escolas ou creches, trabalho, agrupamentos,ou qualquer contato com pessoas suscetíveis.
Todo caso suspeito de sarampo deve ter diagnóstico laboratorial realizado por meio de sorologia para detecção de anticorpos específicos. Para tanto, é imprescindível assegurar a coleta de amostra do sangue do paciente.
Prevenção
A principal medida de controle do sarampo é a vacinação dos suscetíveis, que inclui: vacinação de rotina na rede básica de saúde, bloqueio vacinal, intensificação e campanhas de vacinação de seguimento. Ressalta-se que, a cada caso suspeito notificado, a ação de bloqueio vacinal deve ser desencadeada imediatamente.
A vacina está disponível nas salas de vacinação das unidades públicas de saúde e faz parte do calendário básico de imunização de crianças, adolescente e adultos.
Conteúdo exclusivo para profissionais de saúde:
Informações importantes
No momento não há transmissão autóctone do vírus do sarampo no Brasil. Entretanto, existem casos e surtos da doença em vários países, o que possibilita a reintrodução do vírus.
É objetivo da vigilância epidemiológica consolidar a erradicação do sarampo, através de uma vigilância epidemiológica sensível, ativa e oportuna, permitindo a identificação e notificação imediata de todo e qualquer caso suspeito na população, com adoção das medidas de controle pertinentes, assim como monitorar as demais condições de risco.
Deve ser considerado caso suspeito de sarampo todo paciente que, independente da idade e da situação vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite.
A notificação do sarampo é obrigatória e imediata. Deve ser realizada por telefone à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), dentro das primeiras 24 horas, a partir do atendimento do paciente. O caso deve ser notificado pelas SMS a SES por telefone, fax ou e-mail, para o acompanhamento junto ao município.
Considerando a alta infectividade e contagiosidade da doença, todos os profissionais dos serviços públicos e privados, principalmente os médicos pediatras, clínicos, infectologistas, enfermeiros e laboratoristas devem notificar, de imediato, todo caso suspeito de sarampo.
A investigação do caso suspeito de sarampo deve ser realizada pela equipe municipal, com o objetivo de adotar medidas de controle frente a um ou mais casos, surtos e epidemias, e da coleta dos dados que permitirão analisar a situação epidemiológica. As informações obtidas na investigação epidemiológica deverão responder às perguntas básicas da análise epidemiológica, ou seja: quem foi afetado, quando ocorreram os casos e onde se localizam. A partir dessas informações serão desencadeadas as condutas adequadas à situação. Todos os casos suspeitos de sarampo devem ser investigados no prazo máximo de 48 horas, após a notificação. A notificação, investigação e as medidas de controle devem ser realizadas logo que se suspeite da doença, e não apenas após confirmação.
É imprescindível submeter a exame laboratorial todos os casos suspeitos de sarampo.
O diagnóstico laboratorial de rotina é realizado por meio da sorologia para detecção de anticorpos específicos. Para tanto, é imprescindível assegurar a coleta de amostras do sangue para a sorologia e encaminhamento ao laboratório público de referência (Lacen).
Dados e documentos
Clique aqui para acessar a seção Dados e documentos. Basta selecionar o agravo para encontrar os documentos relacionados a ele.
Conteúdo exclusivo para gestores:
Informações importantes
No momento não há transmissão autóctone do vírus do sarampo no país. Entretanto, existem casos e surtos da doença em vários países, o que possibilita a reintrodução do vírus.
É objetivo da vigilância epidemiológica consolidar a erradicação do sarampo, através de uma vigilância epidemiológica sensível, ativa e oportuna, permitindo a identificação e notificação imediata de todo e qualquer caso suspeito na população, com adoção das medidas de controle pertinentes, assim como monitorar as demais condições de risco.
Deve ser considerado caso suspeito de sarampo todo paciente que, independente da idade e da situação vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite.
A notificação do sarampo é obrigatória e imediata. Deve ser realizada por telefone à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), dentro das primeiras 24 horas, a partir do atendimento do paciente. O caso deve ser notificado pelas SMS a SES por telefone, fax ou e-mail, para o acompanhamento junto ao município.
Considerando a alta infectividade e contagiosidade da doença, todos os profissionais dos serviços públicos e privados, principalmente os médicos pediatras, clínicos, infectologistas, enfermeiros e laboratoristas devem notificar, de imediato, todo caso suspeito de sarampo.
A investigação do caso suspeito de sarampo deve ser realizada pela equipe municipal, com o objetivo de adotar medidas de controle frente a um ou mais casos, surtos e epidemias, e da coleta dos dados que permitirão analisar a situação epidemiológica. As informações obtidas na investigação epidemiológica deverão responder às perguntas básicas da análise epidemiológica, ou seja: quem foi afetado, quando ocorreram os casos e onde se localizam. A partir dessas informações serão desencadeadas as condutas adequadas à situação. Todos os casos suspeitos de sarampo devem ser investigados no prazo máximo de 48 horas, após a notificação. A notificação, investigação e as medidas de controle devem ser realizadas logo que se suspeite da doença, e não apenas após confirmação.
É imprescindível submeter a exame laboratorial todos os casos suspeitos de sarampo.
O diagnóstico laboratorial de rotina é realizado por meio da sorologia para detecção de anticorpos específicos. Para tanto, é imprescindível assegurar a coleta de amostras do sangue para a sorologia e encaminhamento ao laboratório público de referência (Lacen).
Outros vídeos:
Sarampo - Campanha de Vacinação
z7dTkoxaaIY
Última atualização em: 01 de abril de 2016