20 de fevereiro de 2012
Campanhas contra dengue e Aids levam 200 mil pessoas ao bloco do Afroreggae em Ipanema
Cerca de 200 mil foliões participaram do bloco do Afroreggae nesta segunda-feira de caranaval na Praia de Ipanema, de acordo com a Guarda Municipal. Este ano, o grupo, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), falou sobre a prevenção contra a Aids e a dengue. Além de se divertir com a música, quem passou por lá recebeu leques, preservativos, porta-preservativos e material informativo faz parte das campanhas "10 Minutos Contra a Dengue" e "Camisinha na folia é nota 10 em Harmonia".
- O pressuposto do sucesso desse trabalho é a participação da população. As pessoas estão entendendo que o mosquito da dengue é um problema de todos, não só do governo. Com apenas 10 minutos por semana, é possível combater a dengue, eliminando os criadouros do mosquito. Por outro lado, sabemos o quanto é importante aproveitar a festa do carnav@al para promover a prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a Aids. Nosso objetivo é conscientizar e mobilizar as pessoas para evitar as doenças - explicou o Superintendente de vigilância epidemiológica e ambiental da SES, Alexandre Chieppe.
Vestido de samurai, assim como os cerca de 200 ritmistas, José Júnior, coordenador executivo do Afroreggae, ressaltou que a parceria com a SES é fundamental por aliar cultura, diversão e formas de combate à doenças graves, como a dengue e a Aids, depois de quatro anos de ação no bloco.
- Tenho certeza que essa é uma das maiores mobilizações coletivas já feitas em todos os tempos, quando falamos de saúde. Ensaiamos o ano inteiro com músicos formados em cinco comunidades, e procuramos misturar arte e lazer com consciência social. Nossa ideia é mostrar ao mundo uma mensagem positiva. Fazemos um carnaval contra a discriminação, contra a violência, a favor da paz, do respeito às diferenças, da vida. É possível combater a praga da dengue e as doenças sexualmente transmissíveis se todos estiverem bem informados, principalmente os jovens. Sem o apoio estratégico da SES, isso ficaria muito mais difícil - afirmou o coordenador do grupo Afroreggae.
A foliã Michelle Marques, de 27 anos, recebeu o kit com os preservativos e folhetos das mãos de um agente de saúde e saiu satisfeita com a mensagem transmitida no desfile, uma mistura de sucessos da música brasileira, de Tim Maia e Jorge Benjor a Paralamas do Sucesso e sambas-enredo.
- A Aids não tem cara e ainda não tem cura. O único jeito é prevenir. Essa campanha é muito legal. Já conhecia o som do Afroreggae, mas não sabia desse lado de promoção da saúde. A dengue prejudica muito nossa cidade, por isso é importante juntar diversão com responsabilidade - finalizou.
Campanha foi lançada pela Secretaria de Estado de Saúde como o tom do alerta para evitar o alarme neste verão, sendo uma importante ferramenta de conscientização para a necessidade de todos se engajarem no combate ao foco do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. O objetivo é estimular a população a investir 10 minutos por semana para eliminar possíveis criadouros em suas casas, já que o ambiente doméstico concentra 80% dos focos.
Campanha "Camisinha na Folia é Nota 10 em Harmonia" - Ação específica para o carnaval, com o objetivo de prevenir as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), principalmente a AIDS. Alcance: São 3 milhões de preservativos distribuídos em todo o estado. Além das camisinhas, serão entregues aos foliões 330 mil ventarolas, 55 mil porta-camisinhas e 160 mil folhetos com informações sobre as DST/Aids e formas de preveni-las. A campanha está presente no desfile das escolas de samba no Sambódromo e em seis desfiles de blocos, entre eles o Afroreggae e o Monobloco.