23 de agosto de 2016
Setenta países e territórios já notificaram transmissão do zika por mosquitos

Desde 2007, quando foi detectada a primeira grande epidemia do zika, em Yap, na Micronésia, 70 países e territórios já notificaram a transmissão do vírus por mosquitos – sendo 67 deles a partir do ano passado. Os dados estão no mais recente relatório de situação sobre zika, microcefalia e Síndrome de Guillain-Barré, divulgado dia 18 de agosto pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O relatório também aponta que 17 países e territórios reportaram casos de microcefalia e/ou malformação do sistema nervoso central e 18 registraram casos de Síndrome de Guillain-Barré potencialmente associados à infecção pelo vírus zika.
Conforme a análise, de modo geral a avaliação de risco não mudou. O vírus continua se propagando geograficamente a áreas onde os vetores, como o Aedes aegypti, estão presentes. Além disso, os recentes casos de zika na África destacam a necessidade de se compreender melhor a virologia do surto global. Até agora, surtos da estirpe asiática do vírus zika parecem estar mais associados a distúrbios neurológicos e congênitos do que os casos históricos da linhagem africana. No entanto, devido aos poucos casos conhecidos dessa linhagem, é possível que na verdade essas complicações nunca tenham sido identificadas.
A OMS avalia que mais estudos entomológicos (sobre mosquitos) devem ser priorizados em regiões recentemente afetadas para compreender a dinâmica da transmissão, informar avaliações de risco localizadas e focar em intervenções de controle de vetores, incluindo o fornecimento de mensagens de promoção da saúde apropriadas.