A esporotricose é doença subaguda ou crônica que acomete animais e humanos. Causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii, a Esporotricose tem distribuição universal, porém é mais frequente em regiões de clima tropical e subtropical. No Brasil é a micose subcutânea mais frequente.
A esporotricose classicamente acomete pessoas que lidam com matéria orgânica já que o S. schenckii pode ser isolado de solo, plantas, palha, folhas, grãos, frutas, casca de árvores, espinhos de arbustos, roseiras, terra arada, insetos mortos, larvas, entre outros. Desta forma a doença passa a ter um aspecto ocupacional na medida que jardineiros, agricultores, floristas podem adquirir a doença ou então pessoas nas suas atividades de lazer ao lidarem com estas situações.
O papel do gato na transmissão zoonótica de esporotricose ganhou importância a partir de 1998 quando teve início na região metropolitana do Rio de Janeiro . Desde 2013 a Esporotricose é doença de notificação compulsória. A transmissão para o homem ocorre através de arranhadura e mordedura do gato.
Modo de transmissão
A infecção por S. schenckii geralmente decorre da inoculação traumática do fungo na pele com matéria orgânica contaminada. Na transmissão zoonótica, o gato é o principal envolvido. A inoculação do fungo é através da arranhadura, mordedura . Não há transmissão interhumana.
Sintomas
Forma cutâneo-linfática
A forma cutâneo-linfática é a forma mais comum, típica e de mais fácil diagnóstico, localizada geralmente nas extremidades superiores e caracterizada por uma lesão primária de pápula, nódulo, lesão nódulo-ulcerada ou placa vegetante.
Forma cutânea localizada
A lesão cutânea permanece restrita ao sítio de inoculação. É a segunda forma mais comum e pode se apresentar como uma pápula, pápulas que pustulizam e ulceram, placa com lesões eritêmato-escamosas e placa verrucosa
Aparecimento dos sintomas
O período de incubação é variável, tendo sido encontrado na literatura, variando de três dias até seis meses, com média de três semanas.
Duração dos sintomas
Depende do local e quantidade de nódulos da resposta imune do hospedeiro e do diagnóstico e tratamento adequados.
O que fazer em caso de sintomas
Procurar imediatamente atendimento médico, relatar todos os sintomas que está sentindo e quando eles começaram. Lembrando também de informar se teve contato com gatos ou solo, jardim, flores.
Medidas de controle e Prevenção
.Usar luvas e tomar cuidado ao manipular jardins ou solo, da mesma forma, quando em contato com gatos que não sejam conhecidos ou que apresentem lesões.
Se o animal for doméstico e apresentar sinais da doença, levar ao veterinário para tratamento adequado.
Tratamento dos gatos – guarda responsável.
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Arquivos para download:
Esporotricose: Nota técnica da SES e FIOCRUZ
Orientações sobre Vigilância da Esporotricose no Estado do Rio de Janeiro
Vigilância da esporotricose
Orientações sobre Vigilância da Esporotricose no Estado do Rio de Janeiro