As hepatites virais representam um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. Elas são ocasionadas, principalmente, pelos vírus A. B, C, D e E, embora muitos vírus possam ser responsáveis pelas hepatites.
Modo de transmissão
A transmissão dos vírus da hepatite A e E ocorre pela via fecal-oral, sendo as fezes a via básica de contaminação da água, de alimentos e de tudo que possa ser infectante por via oral. Assim, elas são frequentes em lugares onde as condições sanitárias de higiene são precárias. As outras formas de transmissão são sangue e contato sexual via oral-anal (boca-ânus).
A hepatite B é uma infecção viral do fígado. A maioria das pessoas infectadas não desenvolve sintomas, enquanto outras manifestam sintomas que variam de brandos e transitórios a prolongados e graves. Os pacientes adultos, em sua maioria, se recuperam completamente da infecção, embora uma pequena parcela possa desenvolver uma forma grave e fatal da doença, ou uma hepatite crônica com chance de evolução para cirrose e câncer do fígado.
A infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) atinge um terço da população mundial sendo que 350 milhões apresentam a forma crônica da doença. No Brasil estima-se que 1% da população está infectada por esse vírus e que 25% desta podem evoluir para formas graves. A transmissão do vírus da hepatite B se dá através de sangue e seus componentes, havendo evidências de que saliva, sangue menstrual e relação sexual também a transmitem. A transmissão sexual é uma via importante de disseminação do vírus da hepatite B.
Sintomas
As hepatites virais manifestam-se, usualmente, por icterícia (olhos e pele amarelados) e urina escura, cor de coca-cola, embora muitos casos não apresentem sintomas. A falta de apetite e a aversão inexplicável ao cigarro entre os fumantes são sintomas importantes. É frequente a sensação de náuseas e vômitos. Dores nas juntas, manchas e coceira na pele também podem ocorrer. Dependendo da gravidade dos casos, a doença pode evoluir de forma fatal.
A hepatite B é uma infecção viral do fígado. A maioria das pessoas infectadas não desenvolve sintomas, enquanto outras manifestam sintomas que variam de brandos e transitórios a prolongados e graves. Os pacientes adultos, em sua maioria, se recuperam completamente da infecção, embora uma pequena parcela possa desenvolver uma forma grave e fatal da doença, ou uma hepatite crônica com chance de evolução para cirrose e câncer do fígado. Nos indivíduos infectados pelo HIV, a hepatite B evolui para a cronicidade em 5 a 10% dos casos. A cronificação é cinco vezes mais frequente que nos indivíduos sem infecção pelo HIV, e a razão para essa cronicidade se deve à deficiência da imunidade causada pelo HIV.
As pessoas que se infectam pelo vírus da hepatite C (HCV) desenvolvem hepatite aguda, muitas vezes assintomática, sendo que menos de 20% das pessoas infectadas apresentam sintomas durante a fase aguda. A maioria dos pacientes evolui para a persistência viral que a partir do sexto mês é definida como infecção crônica. A transmissão se dá preferencialmente pela via parenteral, sendo que a maioria dos casos ocorre em populações expostas a sangue contaminado, sobretudo em usuários de drogas ilícitas. A hepatite C é a maior causa de mortalidade relacionada à doença hepática e junto com a hepatite B é a principal causa de câncer e cirrose do fígado.
Prevenção
A transmissão sexual é uma via importante de disseminação do vírus da hepatite B, podendo ser prevenida pela vacinação de cônjuges e parceiros sexuais de indivíduos portadores do vírus, como também pelo uso de preservativos em indivíduos que não tenham parceiros sexuais estáveis. A vacinação é a forma segura e eficaz de controle da hepatite B. A vacina tem como objetivo prevenir a infecção crônica e suas consequências: a cirrose e o câncer do fígado. Ela também reduz os reservatórios do vírus constituídos de pessoas infectadas que podem transmitir a doença a indivíduos susceptíveis.
Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA
Os CTAs são serviços de saúde que tem como objetivo a realização de testes para identificar e prevenir as seguintes doenças: Hepatites B e C, AIDS e sífilis, de forma ágil e gratuita. Os testes são realizados em conformidade com as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
Antes da testagem o usuário participa da atividade de aconselhamento, que ocorre de forma coletiva. A entrega do resultado do teste é realizada de forma individual preservando assim, o sigilo do resultado, que constitui um direito de todos aqueles que realizam a testagem.
A finalidade do aconselhamento é orientar e esclarecer dúvida e/ou questionamento relacionado à DSTs e HIV/AIDS e hepatites e construir estratégias dialogadas (entre o usuário e o profissional de saúde) de prevenção.
Independente do resultado do teste, deve ser garantido ao usuário do serviço o acompanhamento de uma equipe de profissionais de saúde capacitados para orientá-lo acerca do resultado do teste e reforço das medidas e formas de prevenção, considerando a realidade e o contexto de cada um.
Em caso de resultado reagente,deve ser garantido a imediata vinculação ao serviço assistencial adequado, considerando as necessidades do usuário. Além de realizar os encaminhamentos necessários a rede de atendimento de referência.
Confira aqui a relação dos centros de testagem atuantes no Estado do Rio de Janeiro!
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