Peste é uma zoonose de roedores. É uma infecção aguda transmitida por picadas de pulgas infectadas com o bacilo Gram negativo Yersinia pestis.
Modo de transmissão
O principal modo de transmissão da Yersinia pestis ao homem e se dá pela picada de pulgas infectadas. A Peste dos focos naturais é transmitida aos seres humanos quando esses adentram no ciclo zoonótico ou devido a interação de roedores sinantrópicos e silvestres, alimentando o ciclo doméstico da doença.
Peste bubônica - pela picada da pulga infectada;
Peste pneumônica - gotículas transportadas pelo ar, fômites (objeto ou substância capaz de reter e transportar organismos infectantes) de pacientes infectados e contato com felinos infectados; também tecidos de animais infectados, fezes de pulgas e culturas de laboratório.
Sintomas
Calafrios, cefaleia intensa, febre alta, anorexia, dores generalizadas, mialgias, náuseas, vômitos e confusão mental.
Aparecimento dos sintomas
Peste bubônica - de 2 a 6 dias.
Peste pneumônica - de 1 a 3 dias.
Duração dos sintomas
Os sintomas são progressivos durante a doença, apresentando melhora em 48h a partir do início do uso do antibiótico.
O que fazer em caso de sintomas
Procurar atendimento por profissional de saúde.
Prevenção
- Informar e orientar as comunidades quanto a existência de focos de Peste na área e quanto as medidas de prevenção e controle;
- Acompanhar a situação da população de roedores e pulgas, no ambiente domestico e peridomestico das habitações em regiões de foco;
- Evitar que roedores tenham acesso aos alimentos;
- Diagnóstico precoce de casos humanos;
- Se for profissional de laboratório ou vigilância ambiental, manter as normas de biossegurança;
- Deve-se fazer a desratização acompanhada de despulização, isto é: morte dos ratos acompanhada da morte das pulgas. Pode-se empregar a anti-ratização,que consiste no afastamento dos ratos das áreas urbanas e do domicilio, deixando estes locais inviáveis para o desenvolvimento dos mesmos;
- Despulizar animais domésticos;
- Manter quintais, terrenos e armazéns limpos e organizados para evitar aproximação de roedores, principalmente nas áreas rurais de foco,
- Impedir a reintrodução da peste urbana através de portos e aeroportos.
Características Epidemiológicas
A Peste, apesar de ser uma enzootia de roedores silvestres que, só esporadicamente, atinge roedores sinantrópicos (adaptados ao ambiente urbano) e o homem, tem grande importância epidemiológica por seu potencial epidêmico, sendo, por isso, doença de notificação compulsória.
Sua cadeia epidemiológica e complexa, pois envolve roedores silvestres, roedores sinantrópicos, carnívoros domésticos (cães e gatos) e silvestres (pequenos marsupiais), pulgas e o homem.
A sua persistência em focos naturais delimitados, no Brasil (nos estados do Piauí Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro) e em outros países, torna difícil sua erradicação e impõe a manutenção regular do programa de vigilância e controle, mesmo com baixas ou esporádicas ocorrências de Peste bubônica e, até mesmo, na vigência de longos períodos sem manifestação da doença.
No Estado do Rio de Janeiro os focos ocorrem na região da Serra dos Órgãos nos limites dos municípios de Nova Friburgo, Sumidouro e Teresópolis.
Conteúdo exclusivo para profissionais de saúde:
Observações importantes
Tratamento da peste em crianças e gestantes;
Atentar para a escolha do antibiótico devido aos efeitos adversos;
A peste é uma doença de notificação compulsória;
Proteção de contatos - quimioprofilaxia.
Dados e documentos
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