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Doença infecciosa aguda não contagiosa, prevenível por vacina, causada pela ação de exotoxinas produzidas pelo Clostridium tetani, que provocam um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central.


Modo de transmissão

A infecção ocorre pela introdução de esporos em solução de continuidade da pele e mucosas (ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza). Em condições favoráveis de anaerobiose, os esporos se transformam em formas vegetativas, que são responsáveis pela produção de toxinas – tetanolisina e tetanopasmina. A presença de tecidos desvitalizados, corpos estranhos, isquemia e infecção contribuem para diminuir o potencial de oxirredução e, assim, estabelecer as condições favoráveis ao desenvolvimento do bacilo.


Sintomas

Hipertonias musculares mantidas, localizadas ou generalizadas, ausência de febre ou febre baixa, hiperreflexia profunda e contraturas paroxísticas que se manifestam à estimulação do paciente (estímulos tácteis, sonoros, luminosos ou alta temperatura ambiente). Em geral, o paciente se mantém consciente e lúcido.

Os sintomas iniciais costumam ser relacionados com a dificuldade de abrir a boca (trismo e riso sardônico) e de deambular, devido à hipertonia muscular correspondente. Com a progressão da doença, outros grupos musculares são acometidos. Pode haver dificuldade de deglutição (disfagia), rigidez de nuca, rigidez paravertebral (pode causar opistótono), hipertonia da musculatura torácica, músculos abdominais e de membros inferiores. As contraturas paroxísticas ou espasmos acontecem sob a forma de abalos tonicoclônicos, que variam em intensidade e intervalos, de acordo com a gravidade do quadro. A hipertonia torácica, a contração da glote e as crises espásticas podem determinar insuficiência respiratória, causa frequente de morte nos doentes de tétano.

Nas formas mais graves ocorre hiperatividade do sistema autônomo simpático (disautonomia), com taquicardia, sudorese profusa, hipertensão arterial, bexiga neurogênica e febre. Tais manifestações agravam o prognóstico da doença.


Aparecimento dos sintomas (período de incubação)

Período compreendido entre o ferimento (provável porta de entrada do bacilo) e o primeiro sinal ou sintoma. É curto: varia de 5 a 15 dias. Quanto menor for o tempo de incubação (menor que 7 dias), maior a gravidade e pior o prognóstico.


Duração dos sintomas

O tempo varia de acordo com a gravidade da doença.


O que fazer em caso de sintomas

O doente deve ser internado em unidade assistencial apropriada, com mínimo de ruído, de luminosidade, com temperatura estável e agradável. Casos graves têm indicação de terapia intensiva, onde existe suporte técnico necessário para manejo de complicações e consequente redução das sequelas e da letalidade. Não há necessidade de uso de proteção individual, pois a doença não é contagiosa. São de fundamental importância os cuidados dispensados pela equipe médica e de enfermagem experientes no atendimento a esse tipo de enfermidade. Os princípios básicos do tratamento do tétano são: sedação do paciente; neutralização da toxina tetânica; eliminação do C. tetani encontrado no foco da infecção; debridamento do foco infeccioso e medidas gerais de suporte.
Para a sedação do paciente recomenda-se a administração de benzodiazepínicos e miorrelaxantes.


Prevenção

A principal forma de prevenção do tétano é vacinar a população desde a infância com a vacina antitetânica, composta por toxoide tetânico, associado a outros antígenos (DTP, dTpa, Penta, DT ou dT). O esquema completo recomendado é de 3 doses administradas no 1º ano de vida, com reforços aos 15 meses e 4 anos de idade. A partir dessa idade, um reforço a cada 10 anos após a última dose administrada.

Conduta frente a ferimentos suspeitos:

Esquema de condutas profiláticas de acordo com o tipo de ferimento e situação vacinal


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Observações extras


É um agravo de Notificação Compulsória.
Tratamento Específico: Administração de Soro Antitetânico SAT e/ou Imunoglobulina Antitetânica IGHAT e antibioticoterapia. Ver Guia de Vigilância Epidemiológica 2014, pág.204-207.


Última atualização em: 01 de abril de 2016
Secretaria de saúde
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