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25 de setembro de 2012
Pesquisa internacional de combate a dengue é apresentada no Brasil

Pesquisa internacional de combate a dengue é apresentada no Brasil

Uma nova estratégia de pesquisa para o controle da dengue foi apresentada na tarde desta segunda-feira (24), durante o Congresso Internacional de Medicina Tropical, no Rio de Janeiro. O projeto ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil’ é parte do programa internacional ‘Eliminar a Dengue: Nosso Desafio’, que traz uma abordagem nova e natural para o controle da doença, e já está em fase de testes na Austrália, Vietnã, Indonésia e agora, Brasil. O objetivo do programa é cessar a transmissão do vírus da dengue pelo Aedes aegypti, a partir da introdução da bactéria Wolbachia – que é natural e encontrada em insetos – nas populações locais de mosquitos.

Os cientistas demonstraram em laboratório que, quando a bactéria Wolbachia é introduzida no Aedes aegypti, atua como uma ‘vacina’ para o mosquito, bloqueando a multiplicação do vírus dentro do inseto. Como consequência, a transmissão da doença é impedida. Caso cumpra as expectativas com êxito, o programa de eliminação da dengue - uma estratégia de longo prazo - poderá beneficiar um número estimado de 2,5 bilhões de pessoas – ou seja, dois quintos da população mundial que atualmente vivem em áreas de transmissão da doença.

O método poderá reduzir ainda - de forma significativa - a dependência em relação aos métodos convencionais de controle do mosquito, (como o uso de inseticidas). Atualmente, cerca de 100 países estão sob ameaça de contrair o vírus, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Naturalmente presente em cerca de 70% dos insetos no mundo, a Wolbachia é uma bactéria intracelular e não existem evidências de qualquer risco para a saúde humana ou para o ambiente.

O método de controle se baseia na soltura programada dos mosquitos com a Wolbachia, que, ao se reproduzir na natureza com mosquitos locais, passam a bactéria de mãe para filho, através dos ovos. Com o passar do tempo, a expectativa é de que a maior parte da população local de mosquitos tenha Wolbachia e seja incapaz de transmitir dengue.

No Brasil, o projeto está em sua primeira fase. Neste momento, o projeto está focado, em ambiente de laboratório, na manutenção de colônias dos mosquitos com Wolbachia e no cruzamento com Aedes aegypti de populações brasileiras. A construção de uma estrutura de gaiola de grandes proporções no campus da Fiocruz - onde os testes intermediários serão realizados - está programada para 2013. Além disso, estão sendo selecionadas as localidades para os testes de soltura em campo, com previsão para 2014, o que inclui conhecer dados entomológicos sobre as populações de mosquitos locais.

O projeto estuda uma nova alternativa para o controle da dengue, a ser utilizada no futuro como medida complementar de controle. Neste momento, a orientação para a população é de não descuidar da eliminação dos criadouros preferenciais do mosquito transmissor.

O projeto conta com financiamento da Fiocruz, Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS e Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos – DECIT/SCTIE, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (CNPq) e Foundation for the National Institutes of Health, com recursos da ‘Grand Challenges in Global Health Initiative’ da Bill & Melinda Gates Foundation (Estados Unidos).

(Com informações do Ministério da Saúde)

Secretaria de saúde
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