A vacinação contra a hepatite A foi iniciada nesta segunda-feira, 18 de agosto, em todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro. Esta imunização passa a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação, aumentando para 14 as vacinas de rotina oferecidas gratuitamente no país, como recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A meta de cobertura vacinal é de 95% em um ano de vacinação. Este ano, como a vacinação está sendo iniciado em meados de agosto, devem ser vacinadas em torno de 82.600 crianças na faixa etária de um até dois anos incompletos (1 ano, 11 meses e 29 dias) em todo o Estado do Rio de Janeiro. Segundo a gerente de imunização da SES, Claudia Abreu, a Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI/MS) enviou ao estado 50 mil doses iniciais, as quais já foram distribuídas para os municípios. Mais 60 mil estão sendo entregues aos municípios ainda este mês.

“A inclusão de qualquer vacina que seja comprovadamente eficaz na prevenção de uma doença é sempre válida. O Brasil é considerado área de risco para a hepatite A, e a região Sudeste registra 16,4% dos casos nacionais”, frisou a gerente de imunização, ressaltando a importância da inclusão desta vacina calendário básico de imunização. A Hepatite A é uma doença infecciosa aguda que atinge o fígado.

O esquema adotado será de dose única (0,5 ml) por via intramuscular, a qual pode ser administrada concomitantemente com qualquer outra do calendário nacional. A substância é contraindicada para quem possui hipersensibilidade aos componentes da fórmula e, segundo o Ministério da Saúde, a vacina é segura e praticamente isenta de reações. Contudo, pode provocar vermelhidão e inchaço no local da aplicação.

Hepatite A

A hepatite A é habitualmente benigna e raramente apresenta uma forma grave (aguda e fulminante) que pode levar à hospitalização ou morte em 2% a 7% dos casos graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos ocorrem cerca de 1,4 milhão de casos da doença no mundo. No Brasil, estima-se que ocorram por ano 130 novos casos a cada 100 mil habitantes.

A principal forma de contágio da doença é a fecal-oral, por contato entre as pessoas infectadas ou por meio de água e alimentos contaminados. A estabilidade do vírus no meio ambiente e a grande quantidade de vírus presente nas fezes dos indivíduos infectados contribuem para a transmissão. A disseminação está relacionada com infraestrutura de saneamento básico e a aspectos ligados às condições de higiene.