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27 de abril de 2015
Influenza: tire suas dúvidas sobre a campanha de vacinação

Influenza: tire suas dúvidas sobre a campanha de vacinação
A Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza deste ano será realizada de 4 a 5 de junho, sendo o dia 9 de maio o dia de mobilização nacional. Embora a campanha aconteça todos os anos, é comum haver dúvidas em relação a ela, desde a definição do público-alvo da campanha até a segurança da vacina. Para esclarecer estas dúvidas, o Rio Com Saúde entrevistou Mayara Daher Pacheco, técnica da equipe de Imunizações da Gerência de Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Respiratória, da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ). Confira!

Rio Com Saúde: Quem deverá receber a vacina?

Mayara Daher Pacheco: Crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes em qualquer idade gestacional, puérperas (até 45 dias após o parto), indígenas, pessoas com 60 anos de idade ou mais e trabalhadores da área de Saúde. Além da população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições especiais, independente da idade.

RCS: Como e por que estes grupos são definidos?

Mayara Daher Pacheco: Os grupos são definidos pela Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, a partir de recomendações dos órgãos internacionais de Saúde, como OMS, OPASS e CDC, tendo como base as evidências científicas demonstradas em pesquisas na área da Vigilância em Saúde.

Crianças menores de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais são considerados grupos de risco para o desenvolvimento de complicações graves decorrentes da infecção pelo vírus da influenza, até o óbito em alguns casos.

Em adultos, a maioria das complicações e mortes ocorre em pessoas portadoras de doenças de base (comorbidades), enquanto em crianças menores de 5 anos de idade, a maioria das hospitalizações, e quase metade das mortes, ocorre em crianças previamente saudáveis, particularmente, no grupo menor de 2 anos de idade.

A vacinação de gestantes é considerada prioritária pela OMS, pois beneficia a mãe e o bebê, particularmente, os menores de 6 meses de idade, que não podem receber a vacina. Além disso, o risco de complicações em gestantes é muito alto, principalmente no terceiro trimestre de gestação, mantendo-se elevado no primeiro mês após o parto (puerpério).

Os profissionais de Saúde são mais expostos à influenza e estão incluídos nos grupos prioritários para vacinação não apenas para sua proteção individual, mas também para evitar a transmissão dos vírus aos pacientes de alto risco.

Populações privadas de liberdade e pessoas que vivem em ambientes aglomerados também estão expostas ao maior risco de contrair a infecção.

RCS: Para estas pessoas, qual a importância de receber a vacina? Por outro lado, o que não recebê-la pode acarretar?

Mayara Daher Pacheco: A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto à boca, olhos e nariz.

A síndrome gripal, que se caracteriza pelo aparecimento súbito de febre, cefaleia, dores musculares (mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga é a manifestação mais comum. Nos casos mais graves, geralmente, existe dificuldade respiratória e há necessidade de hospitalização; nesta situação, o quadro clínico é denominado Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

A complicação da influenza que mais frequentemente leva à hospitalização e à morte é a pneumonia, que pode ser causada pelo próprio vírus ou por infecção bacteriana. Dependendo da virulência das cepas circulantes, o número de hospitalizações e mortes aumenta substancialmente, não apenas por infecção primária, mas também devido às infecções secundárias por bactérias. Complicações cardíacas graves que levam à morte podem ser causadas por vírus A e B, independentemente da presença de pneumonia.

Segundo o Ministério da Saúde, em populações não vacinadas, a maioria das mortes por influenza sazonal é registrada em idosos; entretanto, as taxas de hospitalizações em crianças menores de 5 anos são tão elevadas quanto às observadas nos idosos.

RCS: Qual a meta de vacinação para este ano?

Mayara Daher Pacheco: A meta é vacinar, pelo menos, 80% de cada um dos grupos prioritários para a vacinação (trabalhadores de saúde, povos indígenas, crianças, gestantes, puérperas, indivíduos com 60 anos ou mais de idade, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional). Para as pessoas portadoras de doenças crônicas e outras categorias de risco clínico, será avaliado o número de doses aplicadas, no período da campanha, dentro da estimativa populacional do ERJ.

RCS: Sempre que se realiza uma campanha de vacinação surge a dúvida: a vacina é segura?

Mayara Daher Pacheco: Sim, de acordo o Ministério da Saúde, estudos recentes revelaram que a vacina é muito segura, sendo a dor local o evento adverso mais comum nos vacinados, em comparação com os que receberam placebo, não sendo encontradas evidências de que a vacina cause outros eventos sistêmicos graves.

RCS: Em anos anteriores algumas pessoas associaram a vacina ao surgimento de casos de gripe e até de pneumonia. Isso é possível? Pode haver alguma correlação?

Mayara Daher Pacheco: O Ministério da Saúde nos esclarece que a presença de imunidade prévia reduz as chances de infecção, mas a imunidade a um subtipo A ou linhagem B, por exemplo, confere pouca ou nenhuma proteção contra novas variantes, lembrando que os tipos A e B sofrem mutações frequentemente. Desta forma, em uma mesma temporada de influenza, podem ocorrer infecções por mais de um tipo ou subtipo de vírus influenza. Dependendo da virulência das cepas circulantes, o número de hospitalizações e mortes aumenta substancialmente, não apenas por infecção primária, mas também pelas infecções secundárias por bactérias.

Considerando que a eficácia geral da vacina influenza é de 67% e que as vacinas utilizadas contêm antígenos contra três cepas de influenza: A (H1N1), A(H3N2) e B, escolhidas a cada ano visando prevenir a doença causada por cepas que circularão na temporada seguinte, um indivíduo pode desenvolver gripe ou pneumonia por outras cepas e/ou agentes. Entretanto, uma pessoa vacinada reduz as chances de desenvolver influenza grave e suas complicações.

Vale lembrar que as vacinas utilizadas pelo PNI durante as campanhas de vacinação contra influenza são constituídas por vírus inativados, fracionados e purificados, portanto, não contêm vírus vivos e não causam a doença.

RCS: A vacina pode causar algum tipo de reação? Qual?

Mayara Daher Pacheco: Como qualquer medicamento, a vacina também pode causar algumas reações indesejáveis. Entretanto, cabe esclarecer que as vacinas contra influenza sazonais têm um perfil de segurança excelente e são bem toleradas.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, os Eventos Adversos pós-vacinação relacionados à vacina contra influenza são raros e em geral descritos como manifestações como dor no local da injeção, vermelhidão e enduração, sendo benignas autolimitadas e geralmente resolvidas em 48 horas. Podem ocorrer também algumas manifestações como febre, mal-estar e dores musculares que podem começar de 6 a 12 horas após a vacinação e persistir por um a dois dias, sendo notificadas em menos de 1% dos vacinados. Estas manifestações são mais frequentes em pessoas que não tiveram contato anterior com os antígenos da vacina.

A contraindicação para a vacina se restringe às contraindicações gerais de qualquer substância como história de alergia grave a qualquer componente da vacina (alergia à proteína do ovo, por exemplo) ou relacionada a doses anteriores.

Pessoas com história de alergia grave à proteína do ovo de galinha, assim como a qualquer componente da vacina, necessitam ser avaliadas pelo médico antes da vacinação.

RCS: Onde a vacinação ocorrerá?

Mayara Daher Pacheco: A vacina será distribuída entre os 92 municípios do estado e disponibilizada à população nos postos de vacinação, que funcionarão durante o período da Campanha. O horário de funcionamento dos postos de saúde é das 8 às 17h, de segunda a sexta-feira. No dia 9 de maio será realizado o Dia de Mobilização Nacional, dia “D”, com a abertura dos postos para a vacinação da população.

A estimativa do ERJ é de funcionamento de aproximadamente 3.000 postos de vacinação para a campanha, entre postos de Saúde e postos volantes, que funcionarão em locais externos estratégicos para garantir o acesso da população.

Campanha de Vacinação - Folder Geral

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Campanha de Vacinação - Folder Crianças

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Campanha de Vacinação - Folder Gestantes

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Campanha de Vacinação - Folder Idosos

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Campanha de Vacinação - Folder Doenças Crônicas

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Secretaria de saúde
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