09 de julho de 2015
Caxumba: embora o número de casos tenha aumentado, não há motivo para pânico
As notícias recentes sobre o aumento nos casos de caxumba no Rio de Janeiro têm causado apreensão e preocupação na população. Mas embora o número de casos seja maior do que todos os registrados em 2014 – até o dia 7 de julho foram registrados 606 casos da doença no estado, enquanto em todo o ano passado foram 561 – os especialistas garantem que não há motivo para pânico. Há isso sim, a recomendação para ficar atento à doença, que é comum no inverno, e para manter em dia a carteira de vacinação.
A doença
A caxumba é uma infecção que se manifesta principalmente em crianças e adolescentes durante o inverno. A doença é causada por um vírus que provoca febre e inflamação da glândula parótida. O vírus é transmitido por via aérea, através da disseminação de gotículas, ou por contato direto com a saliva de pessoas infectadas. O período de incubação varia de 12 a 25 dias.
Sintomas
Os principais sintomas de caxumba são febre, aumento do volume de uma ou mais glândualas salivares, geralmente a parótida. Podem estar presentes outros sintomas como dor no corpo e dor de cabeça. Em homens adultos, pode ocorrer inflamação nos testículos (orquite) e, em mulheres acima de 15 anos, inflamação nos ovários (ooforite). Mas estas e outras complicações, como meningite viral ou mesmo esterilidade, são raras. Não existe tratamento específico. São indicados repouso, uso de medicamentos analgésicos e observação cuidadosa quanto a possibilidade de aparecimento de complicações.
Prevenção
Para se prevenir, é importante evitar ambientes fechados e pouco ventilados, com grande aglomeração de pessoas, e lavar as mãos com regularidade. Outra medida de prevenção é a vacinação, que é aplicada nos postos de saúde. A aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) deve ser feita aos 12 meses com reforço aos 15 meses com a vacina tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela).
Quem não tomou a vacina nessa época ainda pode ser imunizado. Para quem tem até 19 anos e tomou apenas uma dose da vacina, está indicado tomar a segunda dose. Para os adultos entre 20 e 49 anos que nunca tomaram a vacina, indica-se a aplicação de apenas uma dose.