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01 de dezembro de 2015
Zika vírus: grávidas devem adotar medidas de prevenção

Zika vírus: grávidas devem adotar medidas de prevenção

O Ministério da Saúde, que havia confirmado a relação entre o vírus zika e o surto de microcefalia que atinge o Nordeste do Brasil, informou hoje (30/11) que foram notificados 1.248 casos de microcefalia no país, identificados em 311 municípios de 13 Estados e Distrito Federal. No Estado do Rio de Janeiro, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), foram registrados, até a manhã desta segunda-feira, 21 casos da malformação genética, superando a média de 12,8 registrada nos últimos 10 anos e o recorde de 19 casos registrado em 2013.

“Estamos diante de um dos maiores desafios em saúde no Brasil nas últimas décadas”, diz Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES. Um cenário que preocupa a população e também os profissionais de saúde. “O estado e o pais estão preocupados. Por conta disso, estamos tomando medidas que incluem, inclusive, a intensificação da vigilância epidemiológica. Mas é importante uma mobilização ampla, do governo e da população”, completa.

Prevenção

No caso da população isso significa intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. “Nada é tão eficaz quanto as pessoas se conscientizarem da importância de combater os focos de mosquito dentro de suas casas”, ressalta Felipe Peixoto, Secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Quanto às grávidas, a recomendação é seguir algumas orientações básicas que incluem, além da eliminação de criadouros, proteção contra a exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, uso de calça e camisa de manga comprida e repelentes permitidos durante a gestação.

“Mesmo com o calor e com as dificuldades que possam existir para seguir estas orientações, este é um esforço necessário por parte das gestantes”, reforça Chieppe. Não há, por parte da SES, recomendação para se evitar a gravidez. “Esta é uma decisão pessoal”, ressalta Felipe Peixoto.

As gestantes devem manter o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico. O Ministério da Saúde reforça ainda a orientação de não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou quadro de infecção.

Além disso, uma resolução da Secretaria de Estado de Saúde (resolução SES Nº 1296, de 18 de novembro de 2015) estabelece a notificação compulsória imediata de síndrome exantemática em gestantes. Toda gestante que apresente exantema – manchas vermelhas na pele –, independente da idade gestacional, deverá ser notificada em até 24h. Já foram notificados 75 casos de grávidas nessa situação. Até o momento, uma teve a confirmação de Zika Vírus, mas ainda não há confirmação se o feto apresenta microcefalia.

Zika vírus

O Zika vírus foi descoberto na década de 1940 e Uganda e identificado nas Américas apenas no ano passado. A doença é transmitida pelo Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue, e causa febre, manchas pelo corpo, coceira, além de dor de cabeça, muscular e nas articulações. O tratamento é hidratação, medicamentos para os sintomas e geralmente o paciente fica curado entre quatro e cinco dias.

Microcefalia

A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio menor que o tamanho normal. Na maioria dos casos, é resultado de alguma infecção adquirida pela mãe durante a gravidez, como toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus, além de abuso de álcool, drogas e em síndromes genéticas como a síndrome de down. Em 90% dos casos, a microcefalia está associada a um atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor. Não há como reverter a microcefalia, mas é possível melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança.

 

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Secretaria de saúde
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