Governo do Rio de Janeiro Rio Poupa Tempo na Web Governo Aberto RJ
Acessibilidade na Web  Aumentar letra    Diminuir letra    Letra normal
Home Fique por dentro Destaques Destaque
14 de dezembro de 2015
Aedes aegypti: um inimigo a ser combatido

Aedes aegypti: um inimigo a ser combatido

O surto de microcefalia no país e a confirmação de que o aumento no número de casos está relacionado ao Zika vírus retornou um mosquito já conhecido para evidência, o Aedes aegypti. Transmissor do zika, ele não é um inimigo novo, já que também transmite a dengue, doença endêmica e epidêmica no país. Além disso, é vetor da chikungunya, entre outras doenças, como a febre amarela, por exemplo.

Considerado uma das espécies de mosquito mais difundidas no planeta pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), o Aedes aegypti é combatido no país desde o início do século passado. A partir de meados dos anos 1990, com a classificação da dengue como doença endêmica, passou a estar em evidência.

Ele surgiu em locais silvestres do continente africano e chegou às Américas na época da colonização, a bordo de navios. Aqui, com o passar do tempo, se adaptou, passou a ser um mosquito urbano e se tornou um inimigo perigoso e oportunista.

Mosquito urbano

O perigo, claro, vem do fato de ele ser o vetor de várias doenças. Já o oportunismo pode ser explicado por seus hábitos. Como ele vive dentro ou ao redor de domicílios e locais frequentados por pessoas, sua presença é mais comum em áreas urbanas e a infestação é mais intensa em regiões com alta densidade populacional e em locais de ocupação desordenada.

Como ele tem hábitos domésticos, a maior parte dos focos é encontrada nas residências, tanto fora quanto dentro de casa. Nestes espaços as fêmeas encontram mais facilmente alimentação e locais para desovar. Elas fazem isso tanto em grandes reservatórios de água – caixas d’água, galões e tonéis – quanto em pequenos – vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado e geladeira, entre outros.

Ovos resistentes

Uma vez depositados, os ovos ficam esperando a oportunidade de eclodir. Os ovos podem permanecer em locais secos por cerca de um ano. Ao entrar em contato com a água se desenvolvem em um período de sete dias, em média. Se o local em que ele foi depositado estiver seco, mas não for eliminado, ele ficará ali esperando o momento propício para dar origem a um novo mosquito.

Além disso, esta persistência do Aedes aegypti a longos períodos secos permite, também, que os ovos possam ser transportados de um lugar para outro, mesmo que distantes, dentro dos recipientes em que foram depositados. Como se isso já não bastasse, outro aspecto que favorece a reprodução do Aedes aegypti, as fêmeas não colocam seus ovos em um único local, portanto, se não houver cuidado podemos ter vários criadouros de mosquitos ao nosso redor.

A fêmea coloca centenas ovos de cada vez. Ela é capaz de realizar inúmeras posturas no decorrer de sua vida, já que copula com o macho uma única vez, armazenando os espermatozoides. Estes ovos, distribuídos por diversos criadouros, adquirem resistência ao ressecamento apenas 15h após a postura.

Comportamento

O Aedes aegypti tem hábitos preferencialmente diurnos e alimenta-se de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. Mas, oportunista como é, pode picar à noite também. Para ser capaz de infectar uma pessoa, o vírus precisa estar presente na saliva do inseto.

No caso da dengue, por exemplo, após o Aedes aegypti picar alguém que esteja infectado, o vírus leva cerca de 10 dias para estar presente em sua saliva. Ele vive em torno de 30 dias, bem mais que a maior parte dos mosquitos.

Combate

Por tudo isso, para evitar a infestação do Aedes aegypti, é preciso que todos, governo e população, adotem medidas permanentes de controle. Na prática isso significa dedicar 10 minutos por semana para identificar e eliminar possíveis criadouros do mosquito.

Apenas 10 minutos por semana pode parecer pouco, mas este intervalo é determinado pelo ciclo de vida deste mosquito. Como este ciclo leva, do ovo até a fase adulta, cerca de 7 a 10 dias, se a verificação e eliminação dos criadouros forem realizadas uma vez por semana, será possível evitar o nascimento de novos mosquitos.

Secretaria de saúde
Links interessantes:
PET Rio sem fumo Rio imagem 10 minutos salvam vidas Xô, Zika !!