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07 de janeiro de 2016
Raiva humana: aprenda como evitar a exposição ao risco de contrair a doença

Raiva humana: aprenda como evitar a exposição ao risco de contrair a doença

A raiva é doença aguda do Sistema Nervoso Central (SNC) que pode acometer todos os mamíferos, inclusive os seres humanos. Como todos são susceptíveis ao vírus da doença, todos os mamíferos também podem transmiti-la. No entanto, no Brasil e no mundo os cães ainda são considerados responsáveis por mais de 90% da exposição do homem ao vírus da raiva e por mortes em seres humanos pela doença.

Infelizmente, as mortes não são exceção. A raiva, uma encefalomielite fatal, é extremamente grave e tem letalidade de praticamente 100% (cerca de 99,9%). Sendo assim, além da vacinação na população canina e felina, uma das melhores formas para a prevenção da raiva, é preciso conhecer, também, outras medidas fundamentais.

São medidas que valem em todas as situações e momentos, mas que são especialmente importantes de serem lembradas em períodos de férias como agora. Além de se cuidar e cuidar de seus animais tenha atenção especial com as crianças, principalmente no período de férias, pois elas têm tendência a querer manipular tanto animais domésticos quanto selvagens.

Cuidados com seu animal de estimação

Raiva humana: aprenda como evitar a exposição ao risco de contrair a doença
Uma delas é para, antes de adquirir ou adotar qualquer animal, ler e buscar orientação com um médico veterinário sobre a guarda responsável e os cuidados exigidos para cada espécie. É importante, ao decidir ter um animal, lembrar que os cuidados com os animais serão de sua responsabilidade. Muitas doenças dos animais podem representar um risco para você, para sua família e para a saúde pública, e você deve ser o responsável pelo tratamento dos seus animais.

Além disso, vale lembrar, também, que animais, assim como nós, envelhecem. Cães vivem em média 12 anos e gatos até um pouco mais e, com o passar dos anos, ele podem ficar doentes e precisar de mais cuidados médicos e físicos. Além, claro, do cuidado emocional que você precisa ter com seu animal!

Raiva humana: aprenda como evitar a exposição ao risco de contrair a doença
Os cuidados devem, também, se aplicar aos outros. Por isso, os animais de estimação devem ser levados para passear com guias/coleiras, e aqueles mais agressivos devem portar focinheiras indicadas por um médico veterinário. Outra recomendação é castrá-los conforme orientação de um médico veterinário para ajudar a reduzir contato com animais indesejados que podem não ser adequadamente tratados ou vacinados regularmente.

É bom manter o controle de seus animais de estimação, conservando gatos, furões e cães dentro de casa. Quando os cães forem mantidos em ambiente externo, deve haver supervisão direta. Além disso, visite regularmente o médico veterinário com seu animal de estimação e mantenha a vacinação antirrábica em dia para todos os gatos, furões e cães.

Raiva humana: aprenda como evitar a exposição ao risco de contrair a doença
Há uma lei (Lei 4.808, de 4 de julho de 2006) sobre a Guarda Responsável que determina que todo proprietário é obrigado a vacinar seu animal contra a raiva a partir dos 4 meses de idade, observando a necessidade de revacinação anual e devendo guardar o certificado de vacinação como comprovante. Ainda segundo a lei, é proibido o abandono de animais em áreas públicas ou privadas, inclusive parques e jardins.

Já a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, define que quem pratica maus-tratos em animais silvestres e domesticados comete crime e está sujeito à multa e detenção. Há, ainda, legislações municipais como Código Sanitário, Código de Bem-estar Animal.

Cuidados com animais na rua ou na natureza

Raiva humana: aprenda como evitar a exposição ao risco de contrair a doença
Além de cuidar dos animais de estimação, alguns cuidados com animais que não são seus também são medidas de prevenção à raiva. Cães e gatos, por exemplo, podem atacar por um comportamento instintivo. Por isso, evite tocar em animais estranhos, feridos e doentes. Também não os perturbe quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo, não separe os animais que estejam brigando ou mantendo relações sexuais e não se aproxime ou toque em fêmeas com cria.

 

Raiva humana: aprenda como evitar a exposição ao risco de contrair a doença
É muito importante o cuidado com animais silvestres, que apresentam risco alto para a transmissão da raiva. Não tente alimentar ou acariciar animais como saguis, quatis e morcegos. Esta recomendação é especialmente importante se eles estiverem caídos no solo, pois tal comportamento aponta para alguma alteração na saúde deles. Em casos de entrada de morcegos no ambiente, se possível, captura-lo, isolando-o com panos, caixas de papel ou balde, ou mantê-lo em ambiente fechado para posterior captura por pessoas capacitadas. Nestes casos, contate o serviço de controle animal de sua cidade (zoonoses ou vigilância ambiental ou sanitária), nunca tente manipular tais animais.

Raiva humana: aprenda como evitar a exposição ao risco de contrair a doença
Quanto aos animais domésticos de interesse econômico (bovinos, equinos, caprinos, suínos, ovinos, entre outros), existem situações que devem evitadas: colocar a mão na garganta do animal por imaginar que o mesmo está “engasgado” por algum objeto estranho ou pela ingestão de alguma planta tóxica; realizar manobras para que o animal evacue, pois um sintoma da raiva é o tenesmo (evacuação dolorosa); ajudar o animal a sair do lodo ou da lama, em decorrência da paralisia das patas traseiras; ordenhar e manipular órgãos e vísceras de animais com sintomatologia suspeita, pois o vírus da raiva pode ser encontrado em vários tecidos e órgãos.

Atenção, todas essas ações devem ser realizadas por médicos veterinários ou profissionais treinados, com utilização de equipamentos de proteção individual e adequados. Eles, sim, poderão ajudar e manipular os animais em situações de risco, por isso, entre sempre em contato com o serviço de zoonoses de seu município. Para isso entre em contato com a secretaria municipal de saúde de sua cidade.

O que fazer em caso de acidente

Uma vez ocorrido o acidente com animal, procure imediatamente um posto de saúde no seu município para orientação de medidas profiláticas pós-exposição adequadas, conforme cada caso, não importando o tempo decorrido após o acidente, mas é claro que o quanto antes melhor!

Raiva humana: aprenda como evitar a exposição ao risco de contrair a doença
Também ajuda lavar imediatamente o ferimento com água corrente e sabão ou outro detergente. A seguir, devem ser utilizados antissépticos que inativem o vírus da raiva (polivinilpirrolidona-iodo, por exemplo, povidine ou digluconato de clorexidina ou álcool-iodado). Essas substâncias deverão ser utilizadas na primeira consulta. Posteriormente, lavar a região com solução fisiológica. Sempre com acompanhamento médico e seguindo recomendações do mesmo.

Acidentes com cães e gatos, quando possível, manter o animal sob observação durante 10 dias, é também muito importante para saber se o mesmo está doente ou não e orientar a conduta de profilaxia pós-exposição.

Confira aqui folder de zoonoses.

Leia aqui o alerta com as medidas de prevenção à raiva.

Saiba mais sobre raiva humana.

Secretaria de saúde
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