14 de junho de 2012
Poliomielite: estado deve vacinar mais de 1 milhão de crianças
O Ministério da Saúde (MS) anunciou na quarta-feira (13/6) a realização de mais uma campanha nacional de vacinação contra a poliomielite. A campanha inicia neste sábado (16/6), se estendendo até o dia 6 de julho, e será realizada em parceria com estados e municípios. No Estado do Rio de Janeiro, o número estimado é de 1.030.026 crianças menores de 5 anos. A meta do estado é vacinar 95% das crianças menores de cinco anos e alcançar 70% de homogeneidade nas coberturas dos municípios. O objetivo é o mesmo no país – o MS espera vacinar 95% do total de 14.1 milhões de crianças menores de 5 anos de idade.
Ano passado, o Estado do Rio de Janeiro atingiu a cobertura de 103,50% na primeira etapa e 101,79% na segunda etapa. Porém, na faixa etária de menores de 1 ano, só alcançou 89,97% na primeira etapa e 91,30% na segunda. A campanha deste primeiro semestre é com a vacina oral, as chamadas gotinhas. Em agosto, será realizada, em todo o país, a campanha de multivacinação com a introdução da pentavalente e reforço das outras vacinas no calendário básico.
A partir de agosto deste ano, as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos 2 meses e a segunda aos 4 meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos 6 meses), a quarta dose (aos 15 meses) e os reforços continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.
O Brasil recebeu a Certificação da Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem, mas a vigilância sobre a doença deve ser constante, uma vez que outros países ainda registram casos de poliomielite. Diante deste quadro mundial, é necessário o esforço de todos para se atingir os indicadores preconizados pelo Ministério da Saúde para manutenção do país livre da doença.
Mesmo o Rio de Janeiro tendo alcançado bons resultados em relação às metas nacionais e estaduais preconizadas, as coberturas vacinais municipais ainda são heterogêneas no país. Isso leva à formação de bolsões de pessoas suscetíveis à doença, o que possibilita a reintrodução dos poliovírus, no país, favorecido pelo fluxo de viajantes.
Portanto, é fundamental que todas as crianças menores de 4 anos, 11 meses e 29 dias devem tomar as duas gotinhas, mesmo que já tenham sido vacinadas e mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. No caso de crianças que sofrem de doenças graves, recomenda-se que os pais consultem profissionais nos postos e centros de saúde, para serem avaliadas se devem ou não tomar a vacina. Crianças com febre acima de 38º Celsius, ou com alguma infecção, também devem ser avaliadas por um médico.
(Foto Agência Brasil)