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17 de março de 2016
Doença Renal Crônica: coordenador do PET orienta a população sobre a doença


Alteração estrutural ou funcional do rim por mais de três meses. Esta é a principal forma de identificação da Doença Renal Crônica (DRC). Silenciosa, já que a perda da função renal ocorre gradativamente sem que o paciente perceba, a doença pode atingir crianças e adultos. Segundo o coordenador do Programa Estadual de Transplantes e médico nefrologista, Rodrigo Sarlo, as principais causas da DRC são a hipertensão arterial e o diabetes mellitus. Mas ela também pode ser provocada por causas autoimunes, que exigem tratamento específico, como o lúpus, por exemplo. Confira a entrevista.

Programa Estadual de Transplantes: primeiramente, qual é a função dos rins?

Rodrigo Sarlo: Os rins são responsáveis pela filtração do sangue, removendo algumas substâncias do organismo e regulando o balanço de líquido e eletrólitos (sódio e potássio, por exemplo) através da urina. Além disso, exercem funções hormonais como a síntese de eritropoetina, que regula a produção de hemácias (glóbulos vermelhos) e a conversão da vitamina D na sua forma ativa.

PET: O que é a Doença Renal Crônica? Como tratá-la?

Rodrigo Sarlo: A Doença Renal Crônica é definida como qualquer alteração estrutural ou funcional do rim que persista por mais de três meses. Para melhor manejo clínico foi proposta uma classificação em cinco estágios, de acordo com o grau de funcionamento do rim. No estágio inicial, ou estágio 1, as alterações não cursam com a piora de função renal enquanto que, nos estágios avançados, como o estágio 5, existe comprometimento severo e deve-se buscar métodos de substituição do órgão, como a diálise, por exemplo.

PET: Qual a importância do diagnóstico precoce?

Rodrigo Sarlo: O tratamento da DRC é dividido em dois pilares. O primeiro se caracteriza pelo tratamento geral ou conservador da DRC, orientado para medidas de dieta, manejo da hipertensão e controle das alterações inerentes à perda de função renal. Já o segundo pilar é a identificação e o tratamento específico da causa da DRC, uma vez que algumas doenças se desenvolvem mais rápido do que outras e podem precisar de tratamento específico, como o lúpus eritematoso sistêmico, por exemplo.

PET: Quais são as causas da DRC?

Rodrigo Sarlo: As principais causas são hipertensão arterial e diabetes mellitus.

PET: É possível prevenir a doença? De que forma?

Rodrigo Sarlo: Na maioria das vezes é possível prevenir a DRC através de tratamento adequado da doença de base. O referenciamento para o nefrologista é importante quando houver uma suspeita de doenças que afetem o rim e possam evoluir com perda acelerada de função, como lúpus ou as glomerulopatias, por exemplo. Além disso, os casos de DRC que se apresentem em estágios avançados (4 ou 5) em pacientes com hipertensão ou diabetes também devem ser acompanhados pelo especialista, com o objetivo de retardar a progressão da doença.

PET: A Doença Renal Crônica, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, é relativamente rara em crianças. No entanto, o tema deste ano do Dia Mundial do Rim é justamente sobre a prevenção da doença na infância. Há alguma diferença de ser diagnosticado com a doença na infância e na fase adulta? As consequências são as mesmas?

Rodrigo Sarlo: Nas crianças, as anomalias congênitas e hereditárias são as principais causas de DRC e as consequências podem ser graves, já que na infância essa condição pode afetar substancialmente o crescimento e o desenvolvimento.

PET: Quais são os métodos de tratamento da DRC?

Rodrigo Sarlo: Os métodos de tratamento são: hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal.

PET: Gostaria de acrescentar mais alguma informação?

Rodrigo Sarlo: É importante destacar que, com o envelhecimento da população, o número de pacientes portadores de DRC tem aumentado, e medidas simples podem ter impacto no retardo de progressão desta doença. O acompanhamento com nefrologista é importante em diversas etapas e fundamental na escolha e preparação para início da terapia de substituição renal. Vale lembrar que na maioria dos casos com esta indicação o transplante vem se mostrando como a melhor opção em termos de morbidade e mortalidade, mas cada paciente precisará ser avaliado individualmente.

Secretaria de saúde
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