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02 de maio de 2016
Doação: a história de uma mãe que com um gesto de amor salvou vidas


“Uma forma de ajudar ao próximo”. É com esta simples frase que a auxiliar de limpeza Irani Gaudêncio, de 53 anos, define a doação de órgãos. Após perder o filho José Marcelo aos 28 anos, vítima de um tumor no cérebro, ela disse sim à doação e ajudou a levar esperança para outras famílias e a salvar vidas.

Quando descobriu a doença, aos 21 anos, o jovem foi submetido a uma cirurgia para a retirada do tumor. O sucesso do procedimento permitiu que José Marcelo levasse uma vida normal nos anos seguintes. A única sequela, a perda do olfato, não foi um impedimento para que ele trabalhasse, estudasse e realizasse atividades físicas, claro, com acompanhamento médico e submisso a algumas medicações.

“Porém, na manhã do dia 24 de setembro de 2014, meu filho, sentado no sofá e já pronto para ir trabalhar, começou a ter convulsões. Ele foi imediatamente socorrido, mas ao chegar ao hospital mais próximo, já estava em coma”, relembra Irani. Apesar dos esforços para controlar a pressão intracraniana, após 14 dias no Centro de Terapia Intensiva, José Marcelo teve o diagnóstico de morte encefálica confirmado pela equipe médica. Este momento, segundo Irani, foi o mais complicado durante todo o processo.

“Foi difícil e é difícil assimilar a morte encefálica vendo os outros órgãos funcionando normalmente”, explica. É muito comum que a morte encefálica não seja compreendida inicialmente, quando se percebe que o coração do paciente ainda está batendo. Isso acontece porque durante a realização dos testes um aparelho, chamado ventilador, fornece oxigênio para o paciente e, simultaneamente, ele recebe remédios para aumentar a pressão arterial.

Segundo Irani, o apoio da equipe e dos médicos foi fundamental para compreender aquele momento. Na época, o único conhecimento que tinha sobre a doação de órgãos eram as informações básicas divulgadas pelas mídias. Mas, ainda em vida, José Marcelo havia declarado o desejo de ser doador de órgãos. “Meu filho sabia que fazendo a doação, ele poderia ajudar outras famílias”, destaca.

Atualmente, Irani também está na luta pela conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. Ela decidiu fazer um gesto de amor ao próximo e fraternidade, e deixa um recado para quem está passando pela mesma situação que viveu com o filho. “Doe órgãos. A morte é do corpo, a alma ainda vive. A doação é gesto de amor e os órgãos podem ajudar outras pessoas que estão na fila do transplante”.

Secretaria de saúde
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