O outono começou oficialmente no dia 20 de março, mas parece que só agora as características da nova estação estão aparecendo. Embora uma das características da estação, as noites mais longas que os dias, já pudesse ser notada, as temperaturas continuavam altas. Mas após mais de um mês de calor de verão em pleno outono, esta semana as temperaturas ficaram mais amenas.

Um alívio para quem estava reclamando do calor. Mas só para isso! Afinal, se engana quem pensa que estas mudanças possam significar que o perigo da dengue, da zika e da chikungunya está afastado. Não está! Embora os casos das doenças sejam mais numerosos no verão, a prevenção deve fazer parte da sua rotina durante as quatro estações do ano.

O Aedes aegypti é um mosquito urbano, que tem hábitos domésticos. Não por acaso, a maior parte de seus criadouros são encontrados dentro das residências. Além disso, seus ovos podem aproximadamente um ano e meio em um ambiente seco. Se o local em que ele foi depositado – uma garrafa, um pratinho de vaso de planta, um pneu ou uma calha, por exemplo – não for eliminado, o ovo ficará ali esperando uma oportunidade para eclodir. Esta oportunidade pode aparecer, por exemplo, quando chover, mesmo que seja fraca a chuva.

Portanto, para afastar o perigo da dengue, da zika e da chikungunya, só há um caminho, o da prevenção. As ações de identificação e eliminação de possíveis focos de mosquito devem ser transformadas em hábito e incorporadas a rotina de todos. Na prática, significa dedicar apenas 10 minutos por semana às ações de prevenção.

Pode parecer pouco, mas este intervalo é determinado pelo ciclo de vida do mosquito transmissor da dengue. Como este ciclo leva, do ovo até a fase adulta, cerca de 7 a 10 dias, se a verificação e eliminação dos criadouros – caixas d’água, galões, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado, entre outros – forem realizadas uma vez por semana, será possível evitar o nascimento de novos mosquitos.