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30 de novembro de 2012
Dia Internacional de Luta contra a AIDS: diagnóstico precoce é aliado na luta contra a doença

 Dia Internacional de Luta contra a AIDS: diagnóstico precoce é aliado na luta contra a doença
Dezembro começa com uma data importante, o Dia Internacional de Luta contra a AIDS. A ideia de uma data para chamar a atenção da comunidade internacional sobre as medidas de prevenção e tratamento da doença, assim como o de reforçar a solidariedade e combater o estigma e a discriminação em relação às pessoas que vivem com o vírus HIV surgiu em 1987. Durante a Assembleia Mundial de Saúde, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), ficou decidido que este dia seria 1o de dezembro.

“A data congrega o apoio de governos e organizações da sociedade civil de inúmeros países. No Brasil foi instituída, desde 1988, através de uma Portaria do Ministério da Saúde. A cada ano, a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde destacam as populações ou grupos sociais com maiores incidências de casos de HIV/AIDS e define campanhas ou recomendações sobre o tema”, comenta Nelio Zuccaro, psicólogo e técnico da Gerência DST /AIDS, Sangue e Hemoderivados Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ).

E se a luta é contra a AIDS, informação, prevenção, tratamento e diagnóstico são questões importantes. “O acesso da população em geral e dos grupos de maior vulnerabilidade à informação qualificada sobre os meios de transmissão e prevenção do vírus HIV representa um importante fator na mudança de comportamento e na percepção de riscos. A aplicação de medidas que assegurem o respeito aos direitos humanos, assim como as campanhas de massa, por intermédio de mídias impressas e eletrônicas e, ainda, outras intervenções educativas que buscam fortalecer a autoestima e a conscientização sobre práticas preventivas seguras desempenham um papel fundamental na luta contra a AIDS”, diz Zuccaro.

Mas ele destaca que, da mesma forma que ações de promoção à saúde em geral ou de incentivo à utilização de insumos de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis funcionam como estratégias de proteção contra a doença, também a garantia de acesso da população à realização do diagnóstico precoce da infecção pelo vírus HIV também é um componente no enfrentamento da epidemia. “Não há a menor dúvida em relação a isso. Diversos estudos mostram que o número de pessoas infectadas pelo HIV que iniciam tardiamente a assistência médica é muito alto em todo o mundo. Estudo realizado no Brasil indica que os medicamentos antirretrovirais já disponíveis são capazes de reduzir a mortalidade por AIDS em 43%”, destaca Zuccaro.

No entanto, a grande maioria da população não conhece sua condição sorológica para o HIV. “Quanto mais cedo se tem conhecimento do status sorológico maiores serão os benefícios. Seja para os resultados positivos (que poderão acessar mais precocemente as unidades assistenciais especializadas para acompanhamentos clínicos e outras orientações), seja para os resultados negativos (que poderão reforçar medidas de promoção da saúde e prevenção da infecção)”, completa o psicólogo e técnico da SES.

Por isso, a recomendação é para que todas as pessoas com vida sexual ativa, independentemente de idade, sexo ou orientação sexual, que não praticam o sexo seguro (com uso de preservativos) realizem o exame. Além disso, mulheres grávidas durante o pré-natal, crianças nascidas de mulheres que desconhecem sua condição sorológica para o HIV e toda e qualquer pessoa, inclusive profissionais de saúde, que possa ter tido contato desprotegido com sangue não testado em qualquer circunstância, incluindo o compartilhamento de objetos e utensílios que possam ter algum resíduo de sangue, também devem realizar o exame.

“Saber precocemente do contágio pelo HIV aumenta, sobremaneira, a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico com boa adesão ao tratamento só tem a ganhar em qualidade de vida. Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, o parto e o pós-parto. O apoio social também influencia bastante na boa qualidade de vida dos soropositivos. Muitas organizações governamentais e não governamentais se dedicam a ajudar o soropositivo a enfrentar dificuldades e a lidar com situações novas decorrentes da doença seja no plano afetivo-emocional, seja aumentando a autoestima ou em aspectos práticos do próprio tratamento ou na garantia de direitos”, ressalta Zuccaro.

Ainda segundo ele, não há risco de diagnósticos errados. “Todos os resultados ao chegarem às mãos dos usuários já passaram por testes confirmatórios que afastam essa hipótese. A infecção pelo HIV pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco (esse período é chamado de janela imunológica). Esse tempo é necessário porque o exame (laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no sangue”, explica.

Em todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro já existem unidades de saúde pública de referência e profissionais capacitados para realizarem o exame Anti-HIV, seja na forma de testes rápidos diagnósticos ou na forma de testagem laboratorial convencional. Alguns municípios dispõem de Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), que são unidades especializadas para esta finalidade, ou seja: realizar exames diagnósticos para HIV e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis, tais como sífilis e Hepatites B e C.

Secretaria de saúde
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