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01 de agosto de 2016
Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose terá ação de mobilização

Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose terá ação de mobilização

Agosto é um mês importante para a conscientização e o combate à tuberculose. Durante o mês, algumas datas importantes estão relacionadas a doença. No dia 6 se celebra o Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose e na semana que vai do dia 1º ao 7 é a Semana de Combate à Tuberculose no Rio de Janeiro. No dia 6 de agosto será realizada uma ação de mobilização na Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio.

A tuberculose é uma doença infecto contagiosa causada por uma bactéria, a Mycobacterium tuberculosis, conhecida também como bacilo de Koch. A bactéria afeta principalmente os pulmões, mas também pode atingir outros órgãos e tecidos, como as meninges, pleura, rins, gânglios, pele, olhos e aparelho genital (Tuberculose Extrapulmonar). A doença tem cura, mas é preciso que seja detectada precocemente e que o tratamento seja realizado corretamente. O diagnóstico e o tratamento precoces também diminuem as chances de transmissão.

O tratamento é longo, com duração mínima de seis meses, e é muito importante que não seja interrompido. A interrupção do tratamento pode levar a recidivas da doença, com uma forma já resistente às drogas, cujo tratamento já será mais prolongado (mínimo de 18 meses). Em 2014, a proporção de abandono do tratamento foi de 13,65% – o ideal é que não passe de 5%. A proporção de cura, também em 2014, foi de 67,4 %, mas é preciso ter, no mínimo, 85% de cura. Os medicamentos são distribuídos pelos postos de saúde.

Estes dois indicadores, abandono e cura, muito longe do que o que seria necessário, são um dos fatores que contribuem para mantermos taxas altas de incidência. O Estado do Rio de Janeiro é o segundo do país no número total de casos. A taxa de incidência vem se mantendo alta, sendo das maiores do país. Em 2014, estado registrou 13751 casos, sendo 11408 casos novos, e apresentou a maior taxa de incidência (65,2 casos por 100 mil habitantes, sendo que na região Metropolitana I, a incidência chega a 80,8 por 100 mil habitantes) e de mortalidade do Brasil (5,1 mortes para 100 mil habitantes), com 842 óbitos.

“A situação da tuberculose no Estado do Rio pode ser explicada, em grande parte, pela alta densidade demográfica, já que a convivência muito próxima por tempo prolongado facilita a infecção. A maior parte dos casos (86,3 %) está concentrada nas regiões metropolitanas I e II, onde ocorrem as mais altas densidades demográficas do estado. Para considerarmos a doença sob controle, temos de alcançar uma incidência de 3 casos por 100 mil habitantes”, explica Ana Alice Pereira, Coordenadora do Programa de Combate à Tuberculose da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Diante deste cenário, são importantes ações de comunicação, informação e mobilização junto à população. Neste sentido, o Fórum Estadual das ONGs na Luta Contra a Tuberculose RJ e Cruz Vermelha Brasileira (Rio de Janeiro) realizam uma ação social no dia 6 de agosto, de 9h a 13h. A atividade de conscientização e mobilização pública será na Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio.

A doença


A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis - Bacilo de Koch. Ela afeta, principalmente, os pulmões, sendo também possível acometer outros órgãos e sistemas do corpo. A forma pulmonar é a mais frequente (cerca de 89 % dos casos; sendo que 3,6 % destes, cursam com forma extrapulmonar, também) e a responsável pela transmissão da doença.

A tuberculose é uma doença ligada à pobreza e à má distribuição de renda, e tem como populações vulneráveis a população indígena, os privados de liberdade, os soropositivos e as pessoas em situação de rua. Pessoas vivendo com HIV/AIDS, tem maior probabilidade de vir a adoecer quando entram em contato com outra pessoa que esteja transmitindo a doença.

Sintomas

Entre os sinais e sintomas mais frequentes está a tosse seca ou produtiva contínua no início dos sintomas. Por isso, tosse que persiste por três semanas ou mais deve ser investigada. Há ainda cansaço excessivo, febre baixa, geralmente no final da tarde, sudorese noturna, dor torácica, falta de apetite, emagrecimento, fraqueza e prostração, podendo ocorrer escarro com sangue ou mesmo a pessoa escarrar sangue. As formas extrapulmonares da doença apresentam sintomas diversos de acordo com a localização, sendo as mais comuns a pleural e a ganglionar.

Tratamento

O tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção, diariamente. São utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos que utilizam o esquema básico: rifampicina (R), isoniazida (H), pirazinamida (Z) e etambutol (E), pelo período mínimo de seis meses, na maioria dos casos. Todos os pacientes que seguem o tratamento corretamente são curados.

Estes medicamentos são distribuídos nas unidades de saúde, não gerando gasto para as pessoas. Depois de 15 dias em uso dos medicamentos, as pessoas com tuberculose pulmonar que estão transmitindo a doença deixam de ser transmissores. Nos casos em que há resistência às drogas, o tratamento passa a ser de 18 meses, com 5 medicamentos, sendo um deles injetável. Para evitar o surgimento desta forma já resistente, é essencial que o tratamento seja feito regularmente.

Prevenção

Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças obrigatoriamente, no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados, como copos, talheres e pratos.

Plano de Ação contra Tuberculose e Aids

Em 2013, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro pactuou com as secretarias municipais de Saúde um plano de enfrentamento da tuberculose e da Aids a fim de realizar o diagnóstico mais precocemente destas doenças, melhorar as taxas de cura (no caso da tuberculose) e garantir o tratamento mais precoce de pacientes com HIV. Entre as ações estão o prazo de 15 dias para resultado dos exames de HIV, consultas, em até sete dias, para pacientes com resultado positivo da doença e capacitar os profissionais e reorganizar a rede de atendimento, garantindo acesso e atendimento de qualidade para todos.

Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose

Data: 6 de agosto
Horário: de 9h a 13h
Local: Paraça da Cruz Vermelha – Centro – Rio de Janeiro – RJ

Secretaria de saúde
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