Governo do Rio de Janeiro Rio Poupa Tempo na Web Governo Aberto RJ
Acessibilidade na Web  Aumentar letra    Diminuir letra    Letra normal
Home Fique por dentro Destaques Destaque
27 de maio de 2013
Apesar da redução no número de casos, por que não esquecer a dengue?


O verão e boa parte do outono foram marcados por epidemias de dengue em quase todas as regiões do estado. Os números confirmam isso. De 1º de janeiro até 11 de maio foram notificados 162.653 casos suspeitos da doença no Estado do Rio de Janeiro, com 22 óbitos. O período mais crítico foi março, mês com maior número de casos no estado. Boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) no dia 2 de abril indicava que, dos 92 municípios fluminenses, 45 estavam, naquele momento, em epidemia.

Este número foi diminuindo e relatório divulgado no dia 14 de maio indicou que havia caído para nove o número de cidades em epidemia. Entre os critérios considerados para que um município entre em epidemia está o registro de mais de 300 casos por 100 mil habitantes, curva ascendente de transmissão da doença sustentada por três semanas consecutivas ou mais, números de casos acima do limite superior esperado para o município ou região num determinado período de tempo, entre outros parâmetros epidemiológicos.

Segundo a análise da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES, os números apontam tendência de queda dos casos de dengue. A mesma tendência foi observada pelo Ministério da Saúde (MS). Nas três primeiras semanas de abril, os casos de dengue começaram a diminuir em todas as regiões do país em comparação com o mesmo período do mês de março.

O pico da transmissão da dengue no país ocorreu na primeira semana de março, quando foram registrados 84.122 casos da doença. A partir deste período, houve uma redução progressiva da doença no país, com o registro de 35.351 casos na segunda semana de abril, o que representa uma redução de 58%. Essa tendência é observada em todas as regiões que tiveram transmissão intensa da dengue durante o ano. No estado do Rio de Janeiro observamos essa tendência a partir da segunda semana do mês de abril. Mas apesar da tendência de queda registrada tanto no país quanto no Estado do Rio de Janeiro, é fundamental manter permanentemente as ações de combate à dengue durante todo o ano.

É natural que com a aproximação do inverno e com a consequente diminuição da temperatura os casos de dengue caiam ainda mais. De fato há uma concentração de casos de dengue nos meses mais quentes, mas isso não significa que a dengue seja doença de uma única estação. Mesmo que os casos de dengue sejam mais frequentes e numerosos durante os meses mais quentes e úmidos, para o Aedes aegypti não faz muita diferença se é inverno, primavera, verão ou outono.

Os ovos dele podem sobreviver até um ano em ambiente seco. Para a larva eclodir é preciso que o ovo entre em contato com a água, mas se o local (criadouro) em que ele foi depositado não for eliminado, ele ficará ali esperando o momento propício (chuva) para dar origem a um novo mosquito. Ou seja, com a queda na temperatura o Aedes aegypti pode até se ausentar, mas não desaparece de vez. É como se ele ficasse escondido se preparando para, a qualquer momento, atacar novamente.

Portanto, sempre é um bom momento de manter e até mesmo de intensificar todas as medidas de prevenção. São ações simples que devem ser colocadas em prática e mantidas durante todo o ano. Inclusive porque hábitos não surgem da noite para o dia. E no combate à dengue, não tem jeito, as medidas de prevenção têm que ser transformadas em hábito. Afinal, as ações para eliminar focos e, consequentemente, prevenir surtos da doença, dependem do empenho de toda a população.

Na prática, isso significa dedicar 10 minutos da sua semana para procurar e eliminar possíveis focos de mosquito – caixas d’água, galões, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado, entre outros. Apenas 10 minutos por semana pode parecer pouco, mas este intervalo é determinado pelo ciclo de vida do mosquito transmissor da dengue. Como este ciclo leva, do ovo até a fase adulta, cerca de 7 a 10 dias, se a verificação e eliminação dos criadouros forem realizadas uma vez por semana, será possível evitar o nascimento de novos mosquitos.

Para orientá-lo o Rio Com Saúde preparou um roteiro. Confira!

10 pontos para a prevenção

  1. Manter a caixa d'água totalmente vedada e virar os baldes com a boca para baixo.
  2. Remover folhas, galhos e tudo que possa acumular água nas calhas.
  3. Galões, tonéis, poços, tambores e barris de água para consumo devem ser totalmente vedados.
  4. Guardar os pneus sem água e em lugares cobertos. Garrafas devem estar vazias e sempre com a boca para baixo.
  5. Manter ralos limpos e com uma tela para não formar criadouros.
  6. Verificar se as bandejas de ar-condicionado estão limpas e sem acúmulo de água. Bandejas de geladeira também podem se tornar criadouros para o mosquito.
  7. Dar descarga e verificar semanalmente vasos sanitários fora de uso ou de uso eventual.
  8. Esticar bem as lonas usadas para cobrir objetos ou entulho para não formar poças d'água.
  9. Limpar e tratar piscinas e fontes com produtos químicos específicos.
  10. Plantas como bambu, bananeiras, bromélias, gravatás, babosa, espada-de-são-jorge e outras semelhantes também podem acumular água.
Secretaria de saúde
Links interessantes:
PET Rio sem fumo Rio imagem 10 minutos salvam vidas Xô, Zika !!