04 de junho de 2013
Campanha de vacinação contra paralisia infantil vai de 8 a 21 de junho
Realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, a 34ª Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite deve vacinar 12,2 milhões de crianças entre 6 meses e menores de 5 anos. Este número corresponde a 95% da população-alvo de 12,9 milhões de crianças no país. No Estado do Rio de Janeiro, a meta é vacinar cerca de 890 mil crianças. A ação começa no dia 8 de junho, com o Dia D de mobilização nacional, e vai até 21 de junho em 1.950 postos de vacinação por todo o estado.
Neste ano, o público-alvo a ser vacinado na campanha é a partir dos 6 meses, com a vacina oral (VOP), as chamadas gotinhas. Isso porque as crianças menores de 6 meses já estão sendo vacinadas com a injetável (VIP) nos postos de vacinação. Ou seja, de acordo com o cronograma do calendário básico de vacinação, a criança recebe as duas primeiras doses – aos dois e aos quatro meses – do esquema com a vacina inativada poliomielite (a VIP), de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses) e o reforço (aos 15 meses) continuam com a vacina oral (a VOP).
Se a criança menor de 5 anos nunca tiver tomado nenhuma dose injetável, não tomará a vacina oral neste momento. Deverá iniciar o esquema vacinal com a injetável. Por esse motivo, o Ministério da Saúde recomenda que os estados e municípios disponibilizem também a injetável nas suas unidades básicas de saúde. O objetivo é evitar que crianças que estejam com o esquema vacinal contra a poliomielite atrasado percam a oportunidade de vacinação. Se a criança for se vacinar em um posto temporário, que não pode oferecer a injetável, a orientação é que seja encaminhada para uma unidade de saúde, onde será vacinada posteriormente.
É importante que os pais levem a Caderneta de Vacinação dos filhos para que o profissional de saúde possa avaliar a situação vacinal da criança, considerando o esquema sequencial. Desta forma, além da proteção contra a pólio, a campanha poderá contribuir para atualização do calendário de vacinação. Caso esteja faltando alguma vacina, os pais podem programar junto com o posto de saúde a melhor data para a criança tomar as doses que estão faltando.
A poliomielite
A poliomielite é uma doença viral, causada por poliovírus, e subdivide-se em três sorotipos (1, 2 e 3). É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças menores de 5 anos de idade. O vírus é transmitido através de alimentos e água contaminados e se multiplica no intestino, podendo invadir o sistema nervoso. Muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas da doença (febre, fadiga, cefaleia, vômitos, rigidez no pescoço e dores nos membros), mas excretam o vírus em suas fezes, portanto, podem transmitir a infecção para outras pessoas.
Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão. O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.
Não existe tratamento para a poliomielite, somente a prevenção, por meio da vacinação. A vacina protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. Ela é recomendada mesmo para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. A vacina é extremamente segura e não há contraindicações, sendo raríssimas as reações associadas à administração da mesma. Em alguns casos, como, por exemplo, em crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina, deve-se evitar a vacinação.
O Brasil serviu de exemplo para outros países ao adotar, a partir de 1980, a estratégia anual de campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite em duas etapas, vacinando crianças menores de cinco anos de idade independente do estado vacinal anterior. O último caso registrado da doença no Brasil foi em 1989, na Paraíba. As ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) estão voltadas à manutenção do país livre do poliovírus selvagem. Desde 1994, o país mantém o certificado emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicação da poliomielite.
(Informações do Ministério da Saúde e foto da Agência Brasil)