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02 de agosto de 2017
Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose: a importância do diagnóstico e a prevenção da tuberculose

Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose: a importância do diagnóstico e a prevenção da tuberculose

Uma oportunidade para implementar a mobilização social em relação a tuberculose e também para divulgar experiências exitosas nesse campo para os profissionais de saúde e ativistas. Para o Prof. Clemax Sant’anna, Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e referência nacional em tuberculose na infância, esta é a importância de datas como o Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose, comemorado em 5 de agosto.

“A sociedade em geral e muitos profissionais de saúde, em particular, não se conscientizaram ainda da importância da tuberculose no Brasil e no mundo”, comenta o prof. Clémax. Ele lembra que o Brasil é um país endêmico de tuberculose – é o vigésimo dos 30 países com maior numero de doentes no mundo. Nesta entrevista ao Rio Com Saúde ele destaca que, apesar magnitude da tuberculose na infância ainda é pouco conhecida em todo o mundo, especialmente entre os menores de 10 anos, ela ainda é pouco conhecida em todo o mundo, persistindo a necessidade de melhorar o diagnóstico e a prevenção da tuberculose nessa faixa etária. Confira!

Rio Com Saúde: Quais são, hoje, os principais desafios em relação à tuberculose? Por quê?

Prof. Clemax Sant’anna: Embora tenha havido avanços no diagnóstico de adolescentes e adultos com o Teste rápido molecular (ou Gene Xpert), ainda há muitas lacunas. Por exemplo: aumentar a rapidez no diagnóstico da doença, e na realização de testes de sensibilidade para identificar pessoas com tuberculose multirresistente; melhorar a adesão ao tratamento dos pacientes nas unidades de saúde e na Atenção Básica primária e ampliar o controle de contatos ( pessoas que convivem com pacientes com tuberculose).

Rio Com Saúde: Especificamente em relação à tuberculose infantil, qual é hoje o cenário? Quais são as maiores dificuldades e desafios em relação à doença na infância?

Prof. Clemax Sant’anna: A magnitude da tuberculose na infância ainda é pouco conhecida em todo o mundo, especialmente entre os menores de 10 anos. Uma das principais razões desse desconhecimento é que o diagnóstico em crianças não dispõe de um método seguro até o presente.

Em geral, em crianças o diagnóstico é feito com base nas queixas clinicas por elas apresentadas, pela referência de contato com um adulto com tuberculose, por alterações sugestivas da doença nas radiografias e, eventualmente, por exames bacteriológicos. Em adolescentes (> 10 anos) a situação é um pouco melhor com relação ao diagnóstico, pois é possível comprovar a doença pelos métodos bacteriológicos (exame de escarro, principalmente) e mais recentemente pelo Teste rápido molecular, quase que na maioria dos casos.

No campo da tuberculose na infância no Rio de Janeiro, a Secretaria Estadual de Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde e a Universidade Federal do Rio e Janeiro estão realizando uma parceria de cerca de uma década no sentido de qualificar profissionais , promover treinamentos e encontros visando melhora o diagnóstico e a prevenção da tuberculose nessa faixa etária. Periodicamente realizamos reuniões com profissionais da área e lentamente constituímos um grupo de multiplicadores dessas ações.

Rio Com Saúde: Tem havido aumento no número de casos de tuberculose resistente também em crianças? Há alguma explicação ou suposição para isso?

Prof. Clemax Sant’anna: Não, felizmente o numero de casos de tuberculose multirresistente ainda é reduzido na infância.

Rio Com Saúde: De forma geral, considerando diagnóstico, tratamento, casos resistentes etc, quais as expectativas e perspectivas em relação à doença?

Prof. Clemax Sant’anna: A Organização Mundial da Saúde estabeleceu metas ambiciosas para eliminação da tuberculose após 2035. O Brasil está empenhado nesse sentido e desenvolvendo ações objetivas para tal. O desafio é grande, pois é necessário diagnosticar mais de 90% dos casos de tuberculose e tratá-los. Para isso é necessário reduzir o abandono de tratamento e tomar medidas para melhorar a adesão ao tratamento. Outra acões seriam: controlar os contatos de pacientes com tuberculose, aumentar a mobilização social e incentivar pesquisas que atendam a incorporação de novas tecnologias e aperfeiçoem o fluxo de pacientes, dispensação de medicamentos e apoio social.

Secretaria de saúde
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