22 de outubro de 2015
Açaí pode ter relação com alto índice de doença de Chagas em Macapá
Uma pesquisa do curso de medicina da Universidade Federal do Amapá (Unifap) constatou que a maioria dos casos de doença de Chagas em Macapá é provocada pela contaminação via oral pela ingestão de alimentos. Entre 2011 e 2014, foram confirmados 50 diagnósticos na capital amapaense.
O número coloca a cidade acima de média nacional, segundo os pesquisadores, que tem 0,061 registro para cada 100 mil habitantes. Em Macapá, a relação é de 1,7 infectado para a mesma quantidade de pessoas.
Os registros considerados elevados podem ter relação direta com o consumo de açaí, concluiu o estudo da Unifap. A suspeita foi levantada porque 90% das contaminações foram por via oral. O grande consumo do fruto pode ser a explicação para alto índice da doença. A falta de seleção dos caroços possibilita a mistura do "barbeiro", inseto transmissor da doença de Chagas, ao açaí. Ambos acabam sendo batidos juntos nas amassadeiras.“O açaí é muito consumido na nossa região e é o prato principal. O consumo é bastante intenso e levou a gente a ter essa curiosidade de saber a relação da doença de Chagas com a ingestão desse fruto”, comentou o médico e professor da Unifap, Anderson Walter, que orientou os acadêmicos. Apesar de não existir relação científica comprovada, a pesquisa descobriu que os altos registros da doença ocorreram no período de safra do açaí.
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