23 de outubro de 2015
Restrição ao uso de antibióticos em suínos ganha força na União Européia
O responsável técnico por inseminação artificial, Diego Alkmin, salientou na noite de ontem, em Campinas (SP), durante o 17º Congresso Abraves 2015, que a suinocultura na União Europeia vem passando por transformações significativas, entre as quais está a restrição no uso de antibióticos no tratamento de enfermidades suínas.
Segundo a Agência Europeia de Medicamentos, houve uma redução de 8% no uso de antibióticos entre 2011 e 2013. "Essa restrição vem ganhando força, especialmente na Dinamarca, Holanda, Suécia, Alemanha, França, Itália, Bélgica e Reino Unido", destaca. Os dois primeiros países, por exemplo, buscam limitar o uso de antibióticos em 10% até 2020 de modo a atender as maiores exigências por parte dos consumidores em termos de segurança alimentar.
Outra medida adotada, a partir de agosto de 2013, foi a de que todas as porcas devem ser gestadas de forma coletiva, de modo a atender as medidas de bem-estar animal. Por outro lado, ele ressalta que apesar da União Europeia ainda ser o segundo maior produtor mundial e o maior exportador de carne suína, com uma autossuficiência na produção, o consumo per capita vem recuando gradativamente no país. "De 2007 a 2014 o consumo caiu de 41,7 quilos para 40 quilos, em decorrência dos problemas econômicos no bloco, do preço mais alto da carne suína, que levou à busca por proteínas mais baratas e da preferência das pessoas por produtos processados. Também houve uma maior preocupação ambiental, com o bem-estar animal e os escândalos envolvendo a venda de carnes no bloco", explica.
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