O zika vírus, identificado pela primeira vez no país no final de abril, já foi confirmado em 14 estados brasileiros. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde (MS) na semana passada durante seminário organizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, o zika pertence à família dos vírus da dengue e da febre amarela. Os principais sintomas da doença são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. A evolução, em geral, é benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias.

Segundo o MS, como o zika não é uma doença de notificação compulsória, não existe uma estimativa do número total de casos já confirmados no país. Ocorrências já foram registradas em Roraima, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Paraná.

Chikungunya: 14,3 mil notificações - Até o início de outubro, houve casos de transmissão em 44 municípios de seis estados – Amazonas, Amapá, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Mato Grosso do Sul – além do Distrito Federal. Ao todo, foram 14.373 casos suspeitos de chikungunya notificados em todo o país, segundo o MS.

Os primeiros casos de transmissão interna da febre chikungunya no Brasil foram confirmados em setembro de 2014. A infecção pelo vírus, que também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, ela pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Este ano, a região com maior número de casos de dengue grave foi a Sudeste.

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